Arguidos da operação Tempestade Perfeita ficam com termo de identidade e residência

10 dez 2022, 14:33
Justiça

Suspeitos estão também proibidos de se ausentar do país

Ficam em liberdade os seis arguidos da operação "Tempestade Perfeita", detidos pela Polícia Judiciária na terça-feira. Os seis arguidos foram ouvidos, este sábado, no Tribunal Central de Instruição Criminal, tendo o juiz determinado que ficam com Termo de Identidade e Residência, assim como ficavam proibidos de contactar entre si e com todos os restantes intervenientes a que aludem os autos.

Os arguidos estão também proibidos de se ausentar do país e terão de pagar uma caução no valor de duzentos mil euros no prazo máximo de dez dias.

A operação designada "Tempestade Perfeita", de acordo com a Polícia Judiciária, é "uma investigação criminal cujo objeto visa apurar da eventual prática, entre o mais, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas, por parte de organismo da Administração Central, a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros".

Um dos cinco detidos é o ex-diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional Alberto Coelho, alegadamente envolvido na derrapagem nas obras de requalificação do Hospital Militar de Belém.

Em causa estão gastos de cerca de 3,2 milhões de euros na empreitada para reconverter o antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa, num centro de apoio à covid-19, obra que tinha como orçamento inicial 750 mil euros.

A derrapagem foi revelada por uma auditoria da Inspeção Geral da Defesa Nacional (IGDN), que visou a atuação de Alberto Coelho.

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