Houve 21 palavras e mais nada: Gouveia e Melo já é CEMA

27 dez 2021, 15:41

O agora almirante assumiu as novas funções esta segunda-feira. Sucede a Mendes Calado, que não esteve presente na cerimónia e que disse ter sido afastado do cargo

Depois dos últimos meses em que Henrique Gouveia e Melo concedeu diversas entrevistas e surgiu em vários eventos públicos nos quais proferiu a sua opinião sobre diversas circunstâncias do país e se disponibilizou para a política, esta segunda-feira quase não se ouviu o agora almirante: assumiu funções como Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), disse 21 palavras, deu cumprimentos a seguir  (não ao seu antecessor, que esteve ausente) e depois saiu - quando passou pelos jornalistas, silêncio. 

Antes, a secretária-geral da Presidência da República, Ana Cristina Batista, leu uma curta formalidade: "Aos 27 dias do mês de dezembro de 2021 compareceu perante sua excelência o Presidente da República, o professor doutor Marcelo Rebelo de Sousa, o excelentíssimo almirante Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo, a fim de tomar posse do cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada, para que foi nomeado por decreto do Presidente da República número 117 a/2021, de hoje, publicado no Diário da República 1ª série, 1º suplemento, ao número 249 da mesma data".

De seguida, as 21 palavras do novo CEMA: "Compromisso de honra: eu, abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas". Pronto. 

Esta tomada de posse surge depois de o CEMA cessante, Mendes Calado, ter dito que foi afastado do cargo. "Foi uma honra ter sido o vosso comandante. Falta-me tempo e palavras para expressar tamanha gratidão. Deixo a Marinha não por vontade própria, pois os que me conhecem não entenderiam que abandonasse o leme da nossa Marinha depois de tanto resistir ao temporal que nos assolou nos últimos tempos. Não é essa a nossa fibra", disse num vídeo que gravou quinta-feira.

No dia a seguir, Marcelo fragilizou ainda mais a posição de Mendes Calado. "Ele mostrou-se disponível para encurtar o mandato -  que seria mais tarde, isto agora foi antecipado uns meses."

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