Manifestação anti-imigração, "ajuntamento de amigos", proibição? PSP prepara policiamento para todos os cenários em Lisboa

1 fev, 20:01
Polícia de Segurança Pública

Justiça vai pronunciar-se esta sexta-feira no sentido de autorizar ou não manifestação anti-imigração marcada para este sábado em Lisboa. Organizadores mantêm a intenção de sair à rua com ou sem autorização. Está também marcada uma contramanifestação

A Câmara de Lisboa e a PSP aguardam a decisão judicial relativamente à manifestação "Contra a Islamização da Europa", marcada para este sábado na zona da Mouraria / Intendente / Martim Moniz, em Lisboa. Até lá, estão "neste momento a planear uma operação policial que possa ser adaptada aos diferentes cenários possíveis".

A PSP refere em comunicado que "continua a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos referentes à iniciativa agendada para dia 3 de fevereiro, nomeadamente através de fontes abertas". "Esta monitorização e recolha contínuas de informação permitem avaliar os potenciais riscos associados à iniciativa e planear a operação policial mais adequada às necessidades."

Esta preparação é tanto mais necessária quanto se sabe que os promotores da manifestação mantêm a intenção de sair à rua mesmo sem autorização, com um percurso alternativo e não se anunciando como uma manifestação mas como um "ajuntamento de amigos". Por outro lado, está também marcada uma  manifestação contra o racismo na zona do Intendente.

Enquanto aguarda pela decisão da Justiça, a PSP reafirma os motivos pelos quais deu um parecer negativo à realização da manifestação. "Atendendo às características sociais e físicas do espaço, a PSP entendeu que existe um risco elevado para a ordem e segurança públicas, não estando assim reunidas as condições de segurança necessárias para a realização do evento", explica. "Com base no nosso parecer, a CML decidiu não autorizar a realização da manifestação nos termos propostos pelo promotor". 

"O parecer da PSP é claro ao salientar que há um elevado risco de perturbação grave e efetiva da ordem e da tranquilidade pública", justificou o presidente da autarquia, Carlos Moedas.

No entanto, os organizadores, não concordando com esta decisão, decidiram interpor uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo, que tem de tomar uma decisão até às 11:00 desta sexta-feira.

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