Wuhan Zall voltou à China, mas Carriço ficou em Lisboa: «Vim tratar do visto»

30 mar 2020, 22:18
Daniel Carriço (Sevilha)

Central português está em Portugal à espera de autorização para viajar

O Wuhan Zall, novo clube de Daniel Carriço, regressou há duas semanas à China, face à crescente ameaça da covid-19 em Espanha, onde a equipa chinesa estava a estagiar, mas o internacional português ficou para trás, uma vez que teve de voltar a Lisboa para obter um visto que lhe permita viajar para o território chinês.

«Estou na minha casa, em Lisboa. Foi tudo muito rápido e, como não tinha visto, tive de vir de urgência a Lisboa para o obter e ainda estou à espera. Há uma preocupação geral e ninguém sabe bem o que vai acontecer; se um ente querido for infetado, todos queremos estar perto da família nessa situação», começou por destacar o antigo jogador do Sporting, numa conversa com o canal oficial do Sevilha, o seu anterior clube.

A equipa chinesa oriunda da cidade onde surgiu a pandemia, tinha prolongado o estágio em Espanha face à ameaça do novo coronavírus na China, mas nesta altura seria mais perigoso ficar em Espanha. O clube arrancou já há duas semanas, rumo a Shenzhen, perto de Hong Kong, uma vez que ainda não há condições para voltar a Wuhan, mas Carriço ficou para trás.

«Estamos a tratar dos documentos para ir para a China, depois terei que passar por um período de quarentena antes de começar a treinar com meus colegas. Não há data para o início da liga, fala-se no final de abril ou início de maio, mas ainda não é certo. A situação lá já está controlada, mas agora eles estão com medo da Europa e de outros países do mundo. O presidente quase que fechou o país por medo de que o vírus evolua novamente», destacou.

O central contou também como Portugal está a lidar com a pandemia. «Em Portugal tudo começou mais tarde, foi possível aprender com países como Itália e Espanha. Por isso declararam o estado de emergência antes. Eles não nos forçam a ficar em casa, mas as pessoas têm medo e ficam. Mesmo que não haja polícia nem vejas o exército, ir à rua é apenas por necessidade, para fazer compras ou isso. Temos que cumprir para que isto seja resolvido em breve», revelou.

A terminar, Daniel Carriço deixou ainda uma mensagem de esperança para todos os espanhóis, particularmente à cidade onde foi «muito feliz» nos últimos anos, referindo-se mesmo ao Sevilha como o «clube do coração».

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados