Montenegro considera que “maior problema na política portuguesa é mesmo o socialismo”

Agência Lusa , BC
20 abr 2023, 15:39
Luís Montenegro diz que a posição de Costa "não é habilidade" mas "fuga às responsabilidades". (Horacio Villalobos/ Getty Images)

Líder do PSD acusa PS de gerar empobrecimento e remeter Portugal para a cauda da Europa

O líder do PSD considerou esta quinta-feira que “o maior problema na política portuguesa é o socialismo” e apontou a visão estatizante do PS como a principal linha de demarcação entre socialistas e sociais-democratas em Portugal.

Antes de um almoço com os três autarcas do PSD da Área Metropolitana de Lisboa (Mafra, Cascais e Lisboa), Luís Montenegro foi questionado pelos jornalistas se acompanha as afirmações do secretário-geral do PS António Costa, nos 50 anos do partido, de que os populismos são uma grande ameaça à democracia.

“O maior problema que encontro na política portuguesa é mesmo o socialismo, que tem gerado empobrecimento, perda de oportunidades, baixos salários, que nos tem remetido para a cauda da Europa”, respondeu Montenegro.

Já sobre as acusações de que a direita tem “a inveja no seu ADN”, o líder do PSD considerou-a “completamente deslocada” e contrapôs que o que o partido tem “é muito mais ambição, mais esperança e mais confiança na capacidade dos portugueses”, acusando António Costa de “aplicar ao contrário” a máxima do socialista António Guterres de que as pessoas não são números.

“O dr. António Costa trata os portugueses por números, mas s portugueses não são estatísticas”, disse.

Montenegro apontou como exemplo máximo da demarcação entre socialismo e social-democracia em Portugal a forma como tem sido gerida a TAP e, questionado novamente sobre as acusações ao Governo de “machada nas instituições”, reiterou as exigências do PSD no âmbito da comissão parlamentar de inquérito.

“Queremos ter acesso a toda a documentação que possa esclarecer o país dos contornos na base da decisão de cessação de funções por justa causa” da CEO e do ‘chairman’ da TAP, considerando “estranho e espantoso” que “ninguém confirme a existência de um parecer a atestar a segurança da fundamentação”.

“Estamos a dar uma última oportunidade ao Governo para emendar a mão”, disse.

Com os autarcas de Lisboa, Carlos Moedas, e de Mafra, Hélder Sousa Silva, atrás de si (Carlos Carreiras chegou ao almoço pouco depois), Montenegro reiterou o objetivo de reforçar a representação autárquica na Área Metropolitana de Lisboa e, a nível nacional, recuperar a liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

Este almoço insere-se na iniciativa ‘Sentir Portugal’, um compromisso de Luís Montenegro de passar uma semana por mês em cada distrito do país, e esta semana dedicada a Lisboa.

“Tenho sentido uma grande esperança e uma grande recetividade na rua e queixas muito veementes sobre a atuação do Governo”, apontou.

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