Líder social-democrata anunciou três compromissos para as eleições legislativas de 2026, deixando nova garantia sobre como pode chegar ao governo
O presidente do PSD está confiante que vai vencer as eleições europeias marcadas para 2024. Confiante de tal forma que anunciou, no CNN Town Hall, que se vai recandidatar à liderança do partido independentemente do resultado que daí surgir.
Luís Montenegro lembra que há “muito tempo para subir nas sondagens”, mas, mesmo apontando às europeias de junho, garante que se candidatou à liderança do PSD para “ganhar o país”.
“Eu vou recandidatar-me nas próximas eleições dentro do PSD após as europeias, vou recandidatar-me porque faço uma avaliação muito positiva do que temos vindo a fazer. Estou tranquilo, acho que temos muito tempo para crescer nas sondagens. Muitos dos que estiveram sentados nesta cadeira antes de mim tiveram o mesmo problema, uns chegaram ao Governo, outros não”, diz, sem revelar qual o nome que os sociais-democratas vão apresentar como cabeça de lista.
A grande questão da liderança de Luís Montenegro continua, ainda assim, a ser a mesma: caso precise, vai o PSD coligar-se ao Chega? Uma questão feita por um dos espetadores presentes no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), e que teve uma resposta clara: “Não”.
Esse é um dos compromissos do presidente do PSD: “Não farei nenhuma coligação de suporte de governo, de nenhuma modalidade, com o Chega”.
Isto sempre assente num outro princípio: o PSD só será governo caso vença as eleições. Uma bicada deixada à Geringonça, que em 2015 suportou um governo de um PS que tinha ficado atrás da coligação PSD/CDS.
Mas mesmo sem o Chega, será possível reeditar coligações? A resposta também é simples: “Sim”. E a escolha mais óbvia passa pela Iniciativa Liberal, ainda que Luís Montenegro não queira levantar o véu sobre se fará ou não acordos pré-eleitorais.
“Ganhando as eleições eu formarei governo. Preferencialmente com o apoio maioritário dos deputados do PSD, se não conseguir, com uma maioria relativa”, reitera, defendendo um sentido de responsabilidade que diz que tem faltado ao PS com António Costa.