Montenegro: "Não me sinto nada condicionado para exercer as funções políticas que hoje desempenho"

Andreia Miranda , Notícia atualizada às 13:22
30 dez 2023, 13:13
Luís Montenegro (Fernando Veludo/Lusa)

Líder do PSD diz ainda que inquérito "é uma oportunidade para retirar de cima de mim e da minha família o peso de insinuações e calúnias que carregamos há mais de um ano"

"Não me sinto nada, mas mesmo nada, condicionado para exercer as funções politicas que hoje desempenho". Foi desta forma que Luís Montenegro, alvo de três inquéritos após uma denúncia anónima. 

Garantindo que não pediu "nem aceitaria qualquer benefício indevido", Montenegro adiantou ainda que a denúncia anónima que o levou a fazer a declaração neste sábado, "é uma oportunidade" para esclarecer o assunto.

"Ainda bem que o Ministério Público abriu inquérito. A denuncia anónima que me traz aqui hoje é uma oportunidade para retirar de cima de mim e da minha família o peso de insinuações e calúnias que carregamos há mais de um ano. A justiça é de resto o último reduto para esclarecer aqueles que não querem ser esclarecidos", afirmou.

O presidente do PSD disse ainda que "cada cêntimo" que investiu nas obras da casa da família em Espinho - o cerne da questão - foi fruto do seu trabalho e da mulher e que teve "o mesmíssimo tratamento que outro cidadão que se encontrava na mesma circunstância"

"Toda a documentação da obra e respetivos pagamentos estão aqui (numa pasta que Montenegro carregava consigo). Não devo nada a ninguém. Nada. Toda a documentação será disponibilizada às autoridades se assim o solicitarem. Estou disponível para o fazer já", afirmou, acrescentando que "não há nada de anormal nem nada mal explicado neste processo".

O Ministério Público do Porto abriu um inquérito aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho de Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima.

“Confirma-se a existência de inquérito que teve origem em denúncia anónima”, respondeu a Procuradoria-Geral da República. O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, adianta a PGR, e “não tem arguidos” constituídos.

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