TAP: Livre considera que Governo deu tiros no pé que "não se desfazem"

Agência Lusa , MBM
19 mai 2023, 13:10
Livre: "Para sair desta crise política o Governo tem de dar passos, mas o Presidente também"

O deputado do Livre criticou o Governo por não ter discutido "se a TAP seria privatizada ou se poderia continuar sob controlo público" e por "querer despachar-se da TAP porque acha que a TAP é apenas uma fonte de dores de cabeça"

O Livre criticou esta sexta-feira o Governo afirmando que "há tiros no pé que não se desfazem", e  aconselhou o primeiro-ministro a "mudar de estratégia", ouvir os outros partidos e a "não governar fechado no PS".

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do Livre, Rui Tavares, aconselhou António Costa “a mudar de estratégia para a estratégia que prometeu a todos quando fez campanha eleitoral” que, refere, não era “governar fechado no PS”.

Rui Tavares defendeu que “há coisas que é demasiado tarde para resolver, há tiros no pé que não se desfazem”.

O deputado do Livre criticou, também, o Governo por não ter discutido "se a TAP seria privatizada ou se poderia continuar sob controlo público", por "querer despachar-se da TAP porque acha que a TAP é apenas uma fonte de dores de cabeça".

Rui Tavares defendeu que "cada minuto, cada hora que o país e a governação estão em foco pelas piores razões" levarão "meses ou anos de trabalho para recuperar" e afirmou não ter interesse no que refere serem "promessas de pugilato de um lado ou de outro".

"Os golpes neste caso são auto desferidos, são tiros no pé do próprio Governo", considerou.

Numa audição parlamentar de mais sete horas na comissão de inquérito à gestão política da TAP, que começou na quinta-feira e terminou já esta sexta-feira de madrugada, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou que quem lhe disse em 26 de abril para contactar os serviços de informações foi o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.

Galamba disse ainda que reportou ao primeiro-ministro, António Costa, já perto da 01: da manhã de 27 de abril os acontecimentos no Ministério e lhe contou "que tinha sido ligado ao SIS", chamada que aconteceu horas depois de uma primeira tentativa de contacto em que o chefe do executivo não atendeu.

Os incidentes de 26 de abril estão relacionados com Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro, e envolvem denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e o alegado furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.

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