Treinador mostrou-se «frustrado» por não ter vencido o Vizela apesar de ter jogado com menos um durante quase toda a segunda parte
Petit, treinador do Boavista, em declarações na sala de imprensa do Bessa, após o empate frente ao Vizela, em jogo da 21.ª jornada da Liga:
«Saio sempre frustrado quando não ganhámos. Trabalhámos para ganhar. Não entrámos bem, o Vizela criou-nos dificuldades. Tivemos as linhas muito distantes, perdemos várias vezes a bola e estivemos impacientes. Chegámos várias vezes longe ao portador da bola, fomos pouco agressivos nesse capítulo. Mudámos, tirámos o Tiago [Ilori] por opção e ficámos em 4-3-3. A equipa reagiu e começou a chegar mais perto dos jogadores adversários.
Ão intervalo corrigimos algumas coisas. Entrámos praticamente com a expulsão do Luís [Santos]. A equipa uniu-se. Foi uma equipa à Boavista como queremos que seja: forte, intensa, 'mandona'. Com menos um chegámos à igualdade. Tivemos um penálti a acabar, mas [falhar] acontece a todos. Poderíamos ter mais dois pontos e só levámos um.
Sempre foi essa a mentalidade desde que cheguei há dois meses. É a mentalidade da casa e foi assim que o clube cresceu e teve sucesso. Não se notou a inferioridade numérica porque fomos corajosos, ajudamo-nos uns aos outros e criámos situações mesmo com dez. Foi pena não termos feito o terceiro golo, seria justo. Os jogadores mereciam ter essa felicidade pelo que têm trabalhado desde que cheguei.»
[Musa queria bater o penálti, mas depois foi o primeiro a confortar o Hamache]:
«Temos os batedores dos penáltis definidos antes dos jogos. Normalmente, é o Sauer quem bateu. Como ele não estava, optámos pelo Hamache. É natural. O Musa quer fazer golos, ainda para mais é avançado. Se calhar queria redimir-se do penálti que falhou na Taça da Liga. Pode ficar frustrado, mas foi o primeiro a confortar o Hamache. O abraço do Musa ao Hamache faz parte do nosso processo. Queremos esse ambiente aqui porque todos falham.»