Arouca-FC Porto, 0-2 (destaques)

Sérgio Pires , Estádio Municipal de Arouca
6 fev 2022, 21:17

Vitinha e Vieira: os «Vês» da vitória

A FIGURA: Vitinha

Quando Vitinha pega na batuta, soam violinos. O médio portista tem o seu quê de Xavi ou Deco. Joga de cabeça levantada, toca a bola com delicadeza, tem certeza de passe e repentismo no remate. Hoje, foi essa a chave do sucesso portista. À medida que a época avança, o jovem de 21 anos é cada vez mais uma peça fundamental no onze portista. Os adeptos bem podem agradecer ao Wolverhampton por no último defeso abrir mão da sua contratação a troco de 20 milhões de euros.

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O MOMENTO: minuto 54m. O caminho da baliza veio do meio da rua

Fábio Vieira conduziu a bola, soltou em Vitinha e daí surgiu uma bomba. Aos 54m, um golaço abriu o marcador em Arouca. Vitinha fez o terceiro golo na época (segundo na Liga) em grande estilo. Controlou a bola, dominou e disparou uma ‘bomba’, descobrindo do meio da rua o caminho da baliza.

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OUTROS DESTAQUES:

Fábio Vieira

Que tem qualidade para dar e vender não é novidade para ninguém, no entanto, Fábio tem ganho o seu espaço também por ter passado a saber vestir o fato de macaco. Juntando o talento ao espírito combativo, o jovem portista é um caso sério. Hoje, voltou a ser assim. Primeiro, transpirou, depois inspirou-se para uma assistência primorosa para Mbemba fazer o 2-0. É como uma marca registada. Há quem jogue de tamancos, Fábio é como se jogasse de luvas.

Pepe e Mbemba

Dois centrais em destaque: o internacional português pelo regresso à equipa, trazendo consigo a aura de um verdadeiro líder, o congolês pelo golo. Mbemba não marcava desde outubro de 2020. Hoje, para além de uma exibição segura no aspeto defensivo (tal como Pepe), estreou-se a marcar nesta edição da Liga.

Zaidu

Bem regressado da CAN. O lateral nigeriano voltou da Taça de África das Nações e ocupou a vaga do oscilante Wendell (castigado). Esta tarde, Zaidu errou pouco e correu muito. Quando assim é, a nota só pode ser positiva. Podia ter saído dos seus pés a assistência para o golo de Evanilson, logo aos 18m, não fossem cinco centímetros de adiantamento.

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Thales

Mesmo com o muito trabalho que teve, sobretudo quando exposto à velocidade de Zaidu, o lateral direito teve uma das exibições mais conseguidas da equipa arouquense. Quando a equipa se revelou menos tranquila, coube-lhe o papel de segurar as pontas. A braçadeira assenta-lhe bem.

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