Liga vai apresentar medidas para combater casos de violência no futebol

21 mar 2022, 18:32
Pedro Proença

Pedro Proença garante que organismo quer avaliar entrada dos adeptos nos estádios e agravar penalizações

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, confirmou que o organismo vai apresentar propostas para combater a violência no futebol.

«Depois de um período de cerca de dois anos em que estivemos confinados, temos assistido a um aumento da violência no desporto em geral e no futebol em particular. Temos vindo a trabalhar com a tutela, com a área da Administração Interna, no sentido de criar condições para enfrentar este fenómeno, que não acontece só em Portugal. Infelizmente, temos assistido no México, Espanha e França, é um fenómeno transversal que nos preocupa muito», assumiu à agência Lusa.

Proença solicitou uma reunião à Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), que se vai realizar na quarta-feira, com a intenção de expor medidas que reduzam «os atos de violência».

«Existem três vetores que temos de tratar de forma séria e célere. O primeiro é a forma como monitorizamos a tipologia de adeptos que temos hoje nos estádios de futebol e temos de encontrar uma fórmula, o segundo tem a ver com as vistorias dos adeptos, que entram nos estádios com vários artefactos que, de alguma forma, criam violência, e, em terceiro, o agravamento das penalizações para quem infringe um quadro de deve ser de bom comportamento nos recintos desportivos», explicou.

O presidente da Liga sublinhou que é necessária uma reflexão «ponderada, mas célere».

«Trata-se de um processo de construção coletivo, que deve envolver a Liga, os clubes e o Governo. A nossa responsabilidade obriga a que lideremos este processo, não é só responsabilidade da Administração Interna, nem dos dirigentes do futebol, é uma responsabilidade coletiva», referiu ainda.

Proença garantiu que o organismo está preocupado com o aumento da violência no futebol e também virou atenções para o racismo, a intolerância e a xenofobia.

«O período de transição, em que estamos a aguardar pela tomada de posse do executivo, tem criado dificuldades, mas com a tomada de posse do novo executivo estão criadas as condições para fazermos um trabalho estrutural e que responda às necessidades», concluiu.

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