Vermelho lançou vermelhão
Tanto vermelho.
Em tarde avermelhada pelo regresso do público às bancadas da Luz em jogos da Liga, foi um vermelho a lançar o vermelhão.
O vermelho de um cartão, mostrado aos 8 minutos a Victor Braga, guarda-redes do Arouca, após um erro de fazer corar.
O guardião brasileiro viu o árbitro assistente levantar a bandeirola para assinalar fora de jogo que o árbitro não marcou porque a bola ficou nas mãos de Victor Braga. Só que apesar de não ter havido apito do árbitro, o guarda-redes lançou a bola para fora da área.
Em estreia no onze e a querer mostrar serviço, Yaremchuk foi mais rápido do que toda a gente a perceber o erro e a aproveitá-lo. Recuperou a bola, contornou o guardião que, entretanto, saíra da área para tentar emendar o erro, mas que lançou a mão à bola ali mesmo, acabando expulso.
E com tanto tempo para jogar, o Benfica que já estava confortável no jogo, ficou de cadeirinha. Instalou-se à entrada da área do Arouca e massacrou, massacrou… até encontrar uma aberta.
E essa brecha surgiu da forma mais improvável de todas. Num contra-ataque, depois de o Arouca ter ensaiado um ataque.
A bola chegou aos pés do ‘senhor critério’, João Mário, que lançou Yaremchuk para este assistir Waldschmidt encostar para o primeiro.
O segundo surgiu pouco depois pelo próprio Yaremchuk após cruzamento de Pizzi e ao intervalo o jogo podia acabar, que o Benfica queria mais era gerir a pensar no tão importante play-off da Champions, frente ao PSV Eindhoven.
Como as regras não permitem que um jogo tenha apenas 45 minutos, a equipa de Jorge Jesus voltou para a segunda parte.
E fê-lo com toda a seriedade. Voltou a instalar-se juntou à área do Arouca e foi um rolo compressor com muita falta de acerto.
À falta da goleada que podiam ter construído sem grande dificuldade, as águias celebraram antes um regresso de peso: dez meses depois de se ter lesionado com gravidade, André Almeida voltou a jogar e foi o alvo da maior ovação da tarde na Luz.
Uma tarde de vermelho vivo.