Famalicão-Sporting, 0-1 (destaques)

Ricardo Jorge Castro , Estádio Municipal de Famalicão, Famalicão
16 abr, 22:50
Famalicão-Sporting (Estela Silva/Lusa)

Do golo de Pedro Gonçalves ao bombeiro Coates na reta final

FIGURA: Pedro Gonçalves

Num jogo em que não houve uma individualidade a destacar-se claramente em relação a outras, Pedro Gonçalves tem o rótulo de decisivo com o golo que abriu o marcador aos 20 minutos. Finalização clássica na cara de Luiz Júnior, com um remate em jeito, após assistência de Trincão. Não festejou – em claro respeito ao clube onde despontou antes de rumar a Alvalade em 2020 – e acabou por ser fundamental no desfecho. Foi o 17.º golo da época para Pedro Gonçalves.

MOMENTO: o golo de Pedro Gonçalves (20m)

Puma Rodríguez não conseguiu o passe nas melhores condições na direita, após uma bola vinda de Martín Aguirregabiria na saída famalicense. Daniel Bragança resgatou a bola a meio-campo, Nuno Santos soltou para Gyökeres mais ao meio e o sueco tocou para Trincão à sua direita, num lance tão rápido quanto bem desenhado e eficaz, que permitiu ao Sporting explorar bem o espaço e a Pedro Gonçalves finalizar, após assistência de Trincão. Foi o único golo do jogo, lançando o Sporting para a vitória e para cavar uma diferença de sete pontos na liderança, quando faltam cinco jornadas para o fim.

OUTROS DESTAQUES

Francisco Trincão: não foi tão exuberante e decisivo como, por exemplo, em Barcelos, mas o Famalicão criou outras dificuldades. Ainda assim, o extremo mostrou a sua qualidade individual e também foi determinante com a assistência para o golo de Pedro Gonçalves. Lutador nos duelos, quer a atacar, quer a defender.

Chiquinho: o Famalicão só conseguiu verdadeiramente chegar com alguma resolução perto da área do Sporting nos cinco/seis minutos finais da primeira parte e teve em Chiquinho um elemento ativo na tentativa de resposta à desvantagem. Provocou o erro a Diomande que custou o cartão amarelo ao costa-marfinense e voltou a incomodar o central africano pouco depois. Saiu ainda dos seus pés o primeiro remate do Famalicão, num livre que passou pouco por cima da baliza. Na segunda parte, também mostrou vontade de desequilibrar pela esquerda.

Daniel Bragança: em Barcelos foi com Morita, em Famalicão foi com o regressado de castigo Morten Hjulmand. O médio português voltou a ser titular e assumiu preponderância na ligação da equipa. Muito envolvido no processo ofensivo, perto do trio da frente e com Geny e Nuno Santos nas alas, foi de Bragança que saiu a primeira grande ocasião de perigo. Um remate potentíssimo ao ferro, aos 13 minutos. É caso para dizer que foi de azar para os leões. Amarelado perto do intervalo, manteve-se até meio da segunda parte em bom nível, antes da entrada de Morita.

Justin de Haas: não foi só, mas foi muito devido ao central neerlandês que Gyökeres não causou mais estragos, sobretudo na primeira parte. De destacar o toque decisivo na bola a evitar um passe picado de Trincão para isolar o sueco e um corte, no início do meio-campo, a evitar que o nórdico rodasse sobre si para isolar-se. Bravo e combativo.

Sebastián Coates: o capitão do Sporting apareceu de forma decisiva na reta final do jogo, com dois pontapés na bola decisivos, para fora da área, evitando que o Famalicão pudesse criar mais perigo na tentativa de chegar ao empate. Um autêntico bombeiro.

Zaydou Youssouf: combativo no meio-campo, com qualidade no passe e a ganhar muitos dos duelos que teve com os adversários.

Morten Hjulmand: num jogo exigente e mais dividido, nomeadamente na segunda parte, o médio dinamarquês foi importante no ataque à bola e nos duelos individuais a meio-campo.

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