Marítimo-Moreirense, 5-1 (crónica)

10 jan 2016, 18:11

Tremenda demonstração de superioridade dos madeirenses

* por Tomás Faustino


O Marítimo, que vinha de uma partida desastrosa contra o Benfica, perdendo por uns humilhantes 6-0, apresentou-se de orgulho ferido, jogou pelo seu nome e fez uma exibição de encher o olho, sobretudo na primeira parte, e como que apagou da memória o desaire com os encarnados. Ivo Vieira foi capaz de recuperar em tão pouco tempo os níveis anímicos da sua equipa e esta apresentou-se autoritária em campo, trocando a bola com rapidez e segurança, empurrando o Moreirense para o seu meio-campo e dispondo de várias situações perigosas no último terço.

O Moreirense, por sua vez, entrou apático e pareceu mesmo surpreendido por uma postura tão afrimativa do adversário. A equipa que viajou de Moreira de Cónegos sofreu um golo cedo, o que não era difícil de adivinhar, tão poderosa que foi a entrada de leão proporcionada pelo opositor, e nunca teve genica nem irreverência para acordar da letargia que se apoderou de todos os seus jogadores. Os cónegos perdiam todos os duelos individuais, todas as bolas divididas e não conseguiam fazer três passes consecutivos. O meio-campo estava desligado, os homens da frente não se conseguiam superiorizar e a defesa ia fazendo os possíveis e impossíveis para conter os ataques adversários.

Após uma série de tentativas, o Marítimo inaugurou o marcador na sequência de um pontapé de canto que levou a bola a chegar até Rúben Ferreira, que, na quina da área, rematou tenso e cruzado para o primeiro da partida. Logo depois, Evaldo – o espelho de uma equipa irreconhecível – agarrou Edgar Costa de forma infantil dentro da área e na marca dos onze metros Marega fez o segundo para os madeirenses.

Até ao intervalo, o Moreirense praticamente só se viu uma vez, aos 45, numa arrancada magnífica de Iuri Medeiros, que passou por vários adversários e isolou Boateng, mas este viu José Sá sair bem dos postes e fazer a mancha.

Na segunda parte o Moreirense conseguiu equilibrar a partida nos minutos iniciais, ganhou alguns duelos a meio-campo e foi mais rematador, mas foi então que Edgar Costa voltou a ser o protagonista: arrancou pela esquerda, fletiu para o centro e ofereceu o golo que sentenciou a partida a Tiago Rodrigues, que foi feliz no remate e ampliou a vantagem. O Moreirense perdeu o norte e daí para a frente o sinal mais foi sempre do Marítimo, que ampliou a vantagem com golos de Marega e Bába, não sem que pelo meio Rafael Martins picasse o ponto e fizesse o tento de honra dos visitantes.

Tiago Antunes, o árbitro da partida, fez uma exibição isenta no melhor jogo dos madeirenses e, certamente, naquele que será um dos piores do Moreirense nesta temporada.

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