Liga Europa: Sp. Braga-Union Berlin, 1-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio Municipal de Braga
15 set 2022, 21:56

Guerreiros (também) à prova de máquinas alemãs

Um golo de Vitinha pôs a pedreira em efervescência. O rastilho já vinha a ser acicatado com seis triunfos consecutivos, sendo a vitória desta noite frente ao líder do campeonato alemão a faísca que faltava para elevar, ainda mais, as hostes bracarenses. Triunfo do Sp. Braga (1-0) sobre o Union Berlin, o segundo consecutivo no Grupo da Liga Europa.

E aí vão sete vitórias seguidas deste Sp. Braga de Artur Jorge, mais uma multifacetada. Os guerreiros souberam adaptar-se às circunstâncias, souberam defender quando assim teve que ser e tiveram ousadia vencer a equipa que está a protagonizar um brilharete na Bundesliga. Mas, estes guerreiros são (também) à prova de máquinas alemãs.

O jogo desta noite foi a contar para a 2.ª jornada do Grupo D da Liga Europa, mas bem que podia ser de Liga dos Campeões. Frente a frente o primeiro classificado da Bundesliga e o segundo classificado do campeonato português. Fatores que deixavam antever um bom jogo na pedreira, o que se veio a confirmar.

Braga equilibra pratos da balança com o peso alemão

Robusta fisicamente, forte nos duelos e competente nas suas tarefas, a equipa alemã entrou dominadora na pedreira, ameaçando uma noite de sufoco para o Sp. Braga. Jogaram no meio campo bracarense com relativa tranquilidade e não deram à equipa de Artur Jorge grande margem para discutir o jogo no arranque do encontro.

Matheus com uma mancha estrondoso aos pés de Becker manteve a sua baliza inviolável e viu ainda o poste ser protetor num lance de bola parada em que o central Knoche foi mais forte de cabeça e atirou ao ferro.Mas, com o correr do tempo, depois de se aguentar, a alma guerreira dos bracarenses começou a vir ao de cima.

Paulatinamente o Sp. Braga foi-se soltando, aventurou-se em terrenos mais adiantados e acabou mesmo a primeira metade por cima no encontro, obrigando o Union Berlin a recuar. Banza, isolado por Vitinha, esteve na cara de Ronnow. O guarda-redes imitou Matheus e com uma mancha também ela estrondosa fez soar o apito de intervalo com os pesos da balança equilibrados.

O antídoto foi aplicado por Vitinha

A segunda parte foi mais monótona, em parte, com os dois conjuntos a reduzirem a margem de erro com o evoluir do cronómetro. Voltou a entrar mais forte o Union Berlin, mas desta vez o Sp. Braga já tinha a receita e demorou menos tempo a estancar a iniciativa alemã e a colocar-se em posição de lutar pelos pontos em disputa.

Os guerreiros foram subindo metros, pareciam ter armazenadas as forças que o Union Berlin usou no arranque do encontro, e posicionaram-se como equipa mais forte para poder dar uma estocada no jogo. Foi o que aconteceu. A equipa portuguesa marcou ao minuto 77 e amealhou os três pontos, posicionando-se na frente do grupo.

André Horta, lançado na segunda parte, disparou forte para defesa apertada de Ronnow, que apenas conseguiu suster para a frente. Da sombra saiu o homem do jogo, Vitinha, para de ângulo apertado recarregar com sucesso. O estádio, mais de 17 mil pessoas, gritou o seu nome. Foi o herói na noite europeia de glória do Sp. Braga. Mais uma. Quem os pára?

Relacionados

Patrocinados