Sporting-Gençlerbirligi, 0-3 (destaques)

27 nov 2003, 23:09

Uma lição de cítara do maestro Yanal Ersun Yanal ganhou o jogo e a eliminatória com a disposição táctica que apresentou em Alvalade.

Ersun Yanal

Ganhou o jogo e a eliminatória com a disposição táctica que apresentou em Alvalade. O 3x4x3 inicial (que se transformava num 5x4x1 quando a defender) baralhou por completo Fernando Santos e os seus jogadores, que só durante o segundo quarto-de-hora da primeira parte conseguiu afrontar a bem estruturada equipa turca. Foi uma autêntica lição de cítara do treinador turco que deu cabo dos ouvidos de Fernando Santos.

Tandogan

Um dos homens do jogo e, obviamente, do Gençlerbirligi. A execução do livre que deu o primeiro golo foi soberba, mas já antes, quando os turcos ainda pareciam ter a garras recolhidas, tinha dado algum trabalho na sua ala direita a Rui Jorge (com o sportinguista a demonstrar intraquilidade). Voltou a poder dar nas vistas no lado direito, quando os turcos já tinham o resultado muito a seu favor (2-0) para estar na jogada e fazer o cruzamento perfeito para Cihan marcar o terceiro golo.

Baris

Jogador extremamente complete que joga literalmente de uma área a outra pelo meio do campo. Muito bom na marcação defensiva, especialmente nos lances pelo ar, e sempre muito bem posicionado para jogar no centro e subir ao ataque para criar superioridade numérica. Fez exactamente o que lhe tinha pedido Ersun Yanal. Baris limpou na defesa e apareceu a criar perigo junto da grande área adversária.

Mercimek

Pode dizer-se que foi o único jogador do Gençlerbirligi que esteve abaixo da média da sua equipa. Teve muitas dificuldades no primeiro tempo para travar Liedson. Raramente ganhou um lance tendo de recorrer muitas vezes (de mais) às faltas. Tanto que podia não ter acabado o jogo se o árbitro Johan Verbist tivesse sido rigoroso e lhe tivesse mostrado o segundo cartão amarelo ainda na primeira parte. Redimiu-se na exibição ao salvar o golo de honra do Sporting (80 minutos), evitando sobre a linha um remate de Lourenço. Por falar no árbitro e em Mercimek, o juiz belga foi brando com Silva que, se agrediu, devia ter sido expulso; e perdoou uma mão na bola de Mercimek dentro a área dos turcos.

Fernando Santos

Os jogadores não estavam inspirados, mas, todos sabem, o treinador é o primeiro a responder pelos resultados. E este foi (muito) pesado. E por este, Fernando Santos tem mesmo de ser responsabilizado, pois a pesada derrota sofrida teve as suas bases de sustentação com a batalha ganha (de longe) pelo antagonista turco. Só durante 15 minutos o Sporting conseguiu não estar manietado pelo Gençlerbirligi. Os flancos nunca funcionaram e o jogo (impelido pelos turcos) para o meio era facilmente controlado pela superioridade e pela pressão do Gençlerbirligi em ambas as situações. Essa é a explicação (que se pode encontrar quando se perde por três golos de diferença) para optar pela entrada de Paulo Bento (sem beliscar a qualidade do médio sportinguista).

Alguns jogadores do Sporting

Não só o treinador deve ser responsabilizado (apesar de neste caso, maioritariamente) e também vários os jogadores do Sporting tiveram uma noite de muita falta de inspiração. E foram poucos os que sobreviveram ao naufrágio leonino. Liedson foi dos melhores, pois, na primeira parte, baralhou a defesa turca (mas também falhou um golo feito aos 21 minutos). Rochemback também teve alguns lances de bom nível, mas acabou por baixar de produção. E com Pedro Barbosa, pouco mais fica para dizer de positivo dos jogadores sportinguistas. Um golo de livre, outro por infelicidade de um auto-golo num ressalto, o terceiro já numa jogada normal. Desse(s) facto(s), que foram três, não se pode livrar a defesa o Sporting. Mas houve mesmo jogadores que estiveram muito mal. O mais apagado foi João Pinto; desastrado mesmo, esteve tempo de mais em campo. Carlos Martins também esteve infeliz e com várias falhas. Tello foi também apanhado na rede do duelo Fernando Santos/Ersun Yanal, que teve o resultado que se sabe.

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