Ministério Público decidiu suspender processo contra organização ambientalista de forma provisória
O Ministério Público (MP) anunciou esta quarta-feira a suspensão provisória do processo relativo aos dez detidosGreenpeace na Luz: UEFA está com a batata quente na mão
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa revela que a investigação concluiu que os arguidos se introduziram no interior das tubagens da cobertura do Estádio da Luz, no dia 21 de maio, e aí permaneceram até ao dia do jogo, a 24 de maio, sem conhecimento dos responsáveis e agindo com a finalidade de levar a cabo uma ação espetacular de protesto na cobertura da estrutura.
O grupo foi detido cerca de trinta minutos antes do início do jogo, quando se preparava para fazer descer duas faixas, uma de protesto contra a empresa Gazprom
A Procuradoria-Geral informa ainda que a investigação decorreu entre 26 de maio e 11 de junho, o tempo previsto para a recolha de provas para julgamento em Processo Sumário, designadamente, interrogatório dos arguidos, análise de todo o expediente, análise e pesquisa de antecedentes, inquirição das testemunhas relevantes da PSP e das entidades desportivas, análise dos fotogramas, traduções do expediente e exame ao local. Após as diligências, os arguidos foram indiciados pela prática do crime de invasão da área de espetáculo desportivo.
A suspensão provisória do processo foi imposta aos arguidos pelo período de seis meses, com a condição de não voltarem a praticar factos da mesma natureza, não entrar em recintos desportivos em todo o território nacional, pedir desculpas aos lesados e pagar um donativo de 300 euros à Liga dos Amigos dos Hospitais.
Os ofendidos e assistentes, Benfica e Federação Portuguesa de Futebol, aceitaram a dita suspensão, bem como a juíza de Instrução Criminal.