Combates intensificam-se no maior campo de refugiados palestinianos do Líbano

Agência Lusa , AM
11 set 2023, 16:51
Líbano (AP)

Após quase um mês de acalmia no campo de refugiados de Ein el-Hilweh, combates recomeçaram na noite de quinta-feira

Os combates intensificaram-se esta segunda-feira no maior campo de refugiados palestinianos do Líbano, matando mais uma pessoa, enquanto balas perdidas e granadas atingiram áreas residenciais na terceira maior cidade do país.

Os combates que recomeçaram na noite de quinta-feira - após quase um mês de acalmia no campo de refugiados de Ein el-Hilweh, perto da cidade portuária de Sidon, envolvendo o grupo Fatah, do presidente palestiniano Mahmoud Abbas, e grupos militantes islâmicos - fizeram já seis mortos e mais de 50 feridos, de acordo com balanços médicos e das autoridades.

O grupo Fatah e outras fações militantes aliadas no campo procuram reprimir os suspeitos acusados de matar um dos seus generais militares no final de julho.

Esta segunda-feira, tiros e explosões foram ouvidos durante todo o dia dentro do campo de refugiados e balas perdidas atingiram um prédio do município de Sidon, danificando janelas, enquanto a universidade pública libanesa foi encerrada e a estrada principal que liga Beirute ao sul do Líbano, perto do campo, foi fechada ao trânsito.

No domingo, os militares libaneses anunciaram que cinco soldados ficaram feridos, depois de três projéteis terem atingido um posto de controlo do exército perto do campo de refugiados.

Nesse mesmo dia, dois dos grupos combatentes prometeram respeitar um cessar-fogo, embora a Fatah não tenha respondido oficialmente a essas reivindicações.

A agência da ONU para os refugiados palestinianos, UNRWA, informou que quatro pessoas foram mortas e outras 60 ficaram feridas, nos confrontos da passada semana.

A UNRWA disse que centenas de famílias deslocadas do campo se abrigaram em mesquitas, escolas próximas e no prédio da autarquia de Sidon.

No início deste verão, os combates de rua em Ein el-Hilweh entre o Fatah e membros do grupo extremista Jund al-Sham e o Shabab al-Muslim duraram vários dias, provocando 13 mortos e dezenas de feridos, bem como obrigando centenas de pessoas a abandonar as suas casas.

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