França diz que não vai acolher migrantes procedentes de Lampedusa

Agência Lusa , BCE
19 set 2023, 21:14
Crise de imigração na Lampedusa (AP Photo)

Para o ministro francês do Interior, é importante distinguir os imigrantes dos refugiados políticos, manifestando disponibilidade para "acolher" estes últimos, ao contrário dos imigrantes ilegais

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, afirmou, esta terça-feira, que França "não acolherá migrantes procedentes de Lampedusa (Itália)", insistindo na "posição de firmeza" do seu país.

"Se acolhermos mais pessoas, não vamos travar um fluxo que ultrapassa a nossa capacidade de integração", sustentou Darmanin, em declarações ao canal TF1, argumentando que "é necessário combater" a imigração ilegal e que "a solução é europeia".

O ministro francês esteve na segunda-feira em Itália para se reunir com o homólogo italiano, Matteo Piantedosi, para falar da crise migratória causada pela chegada de cerca de 11 mil pessoas em embarcações, na semana passada, à ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo central.

Segundo Darmanin, "é necessário distinguir os imigrantes dos refugiados políticos" e, por isso, França pediu às autoridades italianas que determinem quem entra em cada uma das categorias.

"Se são perseguidos, o dever de França e de outros países é acolhê-los, mas não é esse o caso da maioria", sublinhou.

Em contrapartida, Darmanin afirmou ter dito a Itália que França poderá ajudar repatriando os migrantes procedentes de países com os quais Paris mantém boas relações.

O governante francês confirmou que foram enviados mais 200 polícias para reforçar os 150 que controlam a fronteira com Itália, especialmente no posto de Menton, que está a ser alargado.

E recordou que os agentes franceses desse posto fronteiriço recusaram a entrada a cerca de 30 mil pessoas desde o início do ano.

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