O jornalismo está em mudança. Na sua essência, mantém-se a verdade dos factos. A sua interpretação numa leitura profissional dos mesmos. A sua comunicação escrita e oral. O rigor. O respeito pelas fontes. O sentimento da opinião pública.
No entanto, há mudanças em curso, Acima de tudo, está a Vida nas suas diversas componentes. Vejamos alguns ângulos de análise: a guerra da Ucrânia perdeu “ aresta” junto dos espectadores. Tal como aconteceu no Iraque, no Afeganistão ou na Síria, para dar alguns exemplos, a guerra na Ucrânia irá arrastar-se no tempo despertando cada vez menos o interesse dos espectadores. Tal facto está já a acontecer. Existe um “desvanecimento” do acontecimento.
Em Portugal, com uma maioria absoluta de quatro anos, e com um primeiro-ministro honesto, a política também perdeu fulgor mediático, A oposição perdeu peso político. O segundo mandato do Presidente está naturalmente esvaziado em razão da maioria absoluta. Sendo assim, a atenção e a procura da informação terá que se reposicionar nos temas que mobilizam as preocupações dos portugueses: a saúde, a proteção social, a educação, a crescente perda de poder de compra( aumento galopante da inflação) os salários, a justiça e tudo aquilo que directamente implica o dia a dia dos cidadãos.
E, é claro, as histórias que nos inspiram.
