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A Rainha e a História

6 jun 2022, 07:00

Foram dias exaltantes. Uma experiência profissional única tendo sempre a meu lado o repórter de imagem Pedro Soares, a que se juntaram cerca de uma dezena de profissionais da Media Capital. E tudo isto porquê? Porque nunca existiu um Jubileu de Platina. Porque se trata da Rainha de Inglaterra, chefe de Estado da Inglaterra, país de Gales, Escócia, Irlanda do Norte e ligação a mais 53 países da Comunidade de Estados da Commonwealth. Porque se trata da chefe da igreja Anglicana. Porque se trata da representante de uma instituição milenar. 

A Rainha nasceu em 1926. Cresceu sob a influência do rescaldo da Primeira Guerra Mundial. Viveu a Segunda Guerra Mundial. Geriu, já rainha, a posição do Reino Unido depois da vitória dos Aliados contra a Alemanha Nazi e acompanhou a reconstrução da Europa com a ajuda do Plano Marshall, norte-americano. Assistiu à queda do Muro de Berlim em 1989, à guerra fria, ao nascimento da televisão, à chegada do homem à Lua, ao aparecimento da Internet, dos smartphones, à implosão da União Soviética,à nova ordem mundial, à crise financeira de 2008, à saída do Reino Unido da União Europeia, ao Brexit, mais recentemente à invasão Russa da Ucrânia.

A História não é um processo cronológico. É uma dinâmica de acontecimentos que nos marcam e influenciam independentemente do dia em que nascemos. Na análise histórica, existem várias correntes. O historiador marxista Eric Hobsbawm escreveu um livro a que chamou “Tempos Modernos”. Diz ele que o século XX começou em 1917 com a Revolução Russa e terminou em 1989 com a queda do Muro de Berlim. É uma interpretação. 

O jubileu de platina ficará recordado como um dos acontecimentos do nosso tempo. Inevitavelmente.

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