Mimi Froes cantou para o Papa Francisco e não esconde a emoção: "Foi maravilhoso"

5 ago 2023, 15:58

A cantora foi a primeira a atuar na ceriónia de Acolhimento, na quinta-feira, e interpretou o tema "Joyful, Joyful"

Quando, na quinta-feira, o Papa Francisco se instalou no palco do Parque Eduardo VII, em Lisboa, para o seu primeiro encontro com os jovens que participam na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a primeira voz que ouviu foi a de Mimi Froes. A cantora interpretou uma versão "Joyful, Joyful", acompanhada pelo coro e pela orquestra da JMJ.

Mimi Froes, que alguns poderão conhecer por ter participado  no programa televisivo "Fator X", em 2014, e que, no ano passado, esteve nomeada para um Globo de Ouro de melhor música com o tema "Declarações de meia noite", prepara-se para, depois de dois EPs, lançar o seu primeiro álbum: vai acontecer a 22 de setembro e o título, embora já escolhido, ainda não foi divulgado. Mas, agora Mimi, de 24 anos, ficará também conhecida por ter interpretado o tema de abertura da cerimónia de Acolhimento da JMJ.

"Assim que soube que a JMJ se iria realizar em Lisboa, enviei um mail à organização a oferecer-me como voluntária, a oferecer o meu trabalho ou a minha voz, como eles quisessem. Primeiro sugeriram-me participar no Festival da Juventude, com a possiblidade de montar um concerto num sítio à minha escolha. Mas eu não achei que fizesse sentido montar um espetáculo com canções minhas, queria que fosse uma coisa mais especial mas, por outro lado, não tinha tempo para preparar um espetáculo novo. E também não poderia pedir aos meus músicos, que não são católicos, para oferecerem o seu trabalho. Então, tive de recusar", conta a cantora à CNN Portugal.

Mas, depois desta recusa, a organização da JMJ fez-lhe uma nova proposta: e se atuasse na cerimónia de Acolhimento? "Fiquei super feliz", lembra Mimi Froes. "Joyful Joyful é uma típica canção gospel, que aparece, por exemplo, no filme 'Do Cabaret para o Convento'", explica. A cantora ensaiou primeiro com o diretor musical Carlos Garcia e depois uma vez com o coro. E teve que fazer uma gravação para enviar para o Vaticano, por motivos de segurança. Depois, ensaiou em casa, sozinha, até ao ensaio geral, já no Parque Eduardo VII, no domingo passado.

"Eles queriam uma música que fosse muito energética, para a abertura, que transmitisse aquela alegria que os jovens sentiam naquele momento por estarem com o Papa Francisco. Acho que esta música foi perfeita", diz.

Partilhar o palco com Francisco foi, sem dúvida, a emoção maior: "A minha avó era apaixonada por todos os papas e isso despertou em mim muitas emoções. E poder estar a cantar para ele foi maravilhoso e uma honra enorme. Depois, o palco era altíssimo e a vista era espetacular, conseguia ver o rio. E, finalmente, a emoção de estar ali com aquela quantidade de gente à minha volta. A imagem quase se enevoou, parecia só um manto de cabeças tricotadas. Mas, quando comecei a cantar, senti a sua energia e ouvia-as a cantar. Foi impressionante."

Mimi não chegou a ter oportunidade de falar diretamente com Francisco mas ficou a ouvir as suas palavras, que muito a tocaram. Na sexta-feira, voltou ao Parque Eduardo VII mas só para assistir à Via Sacra, mais um momento de grande emoção: "Chorei o tempo tempo", conta. No final, desceu o Parque a pé, no meio de toda a confusão de jovens a falarem e cantarem nas mais diversas línguas: "A alegria que tinha chegado ao palco já era incrível, mas ali, no meio dos jovens, sente-se uma alegria ainda maior, que é contagiante, os jovens em interação, sempre de mão estendida uns para os outros, numa enorme união."

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