Fechar os centros urbanos a carros? Governo quer "todas as soluções em cima da mesa"

20 jun 2023, 13:05

Jorge Delgado não esconde que Lisboa vai mesmo sofrer "uma grande perturbação" com a Jornada Mundial da Juventude, mas garante que a cidade vai estar a operar na sua "capacidade máxima"

O secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, admitiu esta terça-feira fechar alguns centros urbanos à circulação de veículos, embora sublinhe que prefere medidas opostas "à solução punitiva". 

"Todas as soluções têm de estar em cima da mesa. Depende de caso para caso. Pessoalmente prefiro a atitude inversa à solução punitiva. Temos de criar soluções alternativas que levem as pessoas a tomar as decisões por benefícios próprios", explica o governante, na CNN Portugal Summit. "O objetivo é devolver os cidadãos aos centros urbanos", insiste. 

Jorge Delgado explicou também o que levou ao anúncio de uma derrapagem de 500 milhões de euros no custo das obras do metro de Lisboa e Porto. O secretário de Estado reforça que este aumento deve-se a uma atualização dos custos dos preços da construção, muito afetados pela inflação.

"Se consultarem os índices de preços da construção civil, estão entre os 28 e os 32%. Estes preços foram muito inflacionados pela guerra da Ucrânia. A estimativa de 2019 e 2020 tinha preços que não tinham nada a ver com os de 2022", recorda.

Questionado pelo jornalista Vítor Costa acerca dos problemas de mobilidade urbana que serão criados em Lisboa pela Jornada Mundial da Juventude, Jorge Delgado não esconde que Lisboa vai mesmo sofrer "uma grande perturbação". 

Para mitigar este impacto, o secretário de Estado fala na preparação da "capacidade máxima" instalada durante a semana do evento, de forma a minimizar as perturbações. No entanto, muita da mobilidade terá de ser feita a pé.

"A mobilidade pedonal terá de ser uma componente forte durante o evento. Preparámos um título próprio para todos os tipos de transporte para este evento", reforça.

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