João Galamba mandou classificar documentos da IP por "respeito a procedimentos legais"

20 jun 2023, 09:47

Miguel Cruz, presidente da IP, justificou com a produção de "um manacial de documentação nova" de natureza reservada que incluía informação sobre infraestruturas críticas, reforçando que a decisão não foi motivada pelo impedimento do acesso a informação a um jornalista. "Não, de maneira nenhuma", insistiu. 

O ministro das Insfraestruturas, João Galamba, afirmou esta terça-feira que mandou classificar uma série de documentos que fazem parte do Sistema Geral de Segurança da Infraestruturas de Portugal (IP) por "respeito a procedimentos legais", uma vez que, de acordo com o ministro, foi a própria IP a dar inicio ao processo de classificação. 

"Porque é que mandei classificar os documentos? Por respeito a procedimentos legais. A IP, que tem particular responsabilidades, de sua iniciativa deu início ao processo de classificação. Não foi o Galamba a classificar os documentos, não foi o Galamba que acordou e decidiu", disse João Galamba, na CNN Portugal Summit. 

Pouco depois, num painel moderado pelo jornalista Pedro Santos Guerreiro, o presidente da IP, Miguel Cruz, justificou com a produção de "um manacial de  documentação nova" de natureza reservada que incluía informação sobre infraestruturas críticas, reforçando que essa decisão não foi motivada pelo impedimento do acesso a informação a um jornalista. "Não, de maneira nenhuma", insistiu. 

Recorde-se que, esta segunda-feira, o jornal Público noticiou que o ministro mandou classificar uma série de documentos que fazem parte do Sistema Geral de Segurança da Infraestruturas de Portugal (IP). A decisão coincidiu com a altura em que este jornal solicitou ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) o acesso a documentos que faziam parte do processo para conceder à IP a autorização de segurança, a qual caducaria a 31 de maio.

Na edição desta segunda-feira, o jornal revela que solicitou o acesso aos documentos do processo de segurança da IP em 30 de março, só obtendo autorização para os consultar nas instalações do IMT no dia 27 de abril. Escreve o diário que "não foi informado sobre que parte dessa documentação tinha sido classificada" e que só lhe foi autorizada essa consulta a partir de 24 de abril, três dias depois do despacho ministerial de Galamba para classificar os respetivos documentos.

Governo

Mais Governo

Mais Lidas

Patrocinados