«Desistência de Evenepoel muda a corrida, mas objetivo é o mesmo»

15 mai 2023, 17:20
João Almeida

João Almeida aponta ao pódio na Volta a Itália

João Almeida (UAE Emirates) reforçou, nesta segunda-feira, a ambição de estar no pódio final da 106.ª Volta a Itália e garantiu que o abandono de Remco Evenepoel, infetado com covid-19, apesar de mudar a corrida, não altera em nada a sua estratégia ou ambição.

«Quero terminar no pódio e, neste momento, não estou no pódio. Mas, por agora, estou feliz», resumiu o ciclista português, numa videoconferência de imprensa promovida pela UAE Emirates, no primeiro dia de descanso do Giro.

Cumpridas nove etapas, João Almeida é o quarto da geral, agora comandada pelo britânico Geraint Thomas (INEOS), depois de o anterior líder, o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), ter abandonado no domingo na sequência de um teste positivo à covid-19.

«Os primeiros nove dias foram muito bons. No papel, não pareciam tão difíceis, mas fisicamente foram dias duros, sobretudo devido às condições meteorológicas. Por isso, penso que, no geral, está a ser bom», resumiu o corredor de A-dos-Francos, que está a 22 segundos do novo camisola rosa.»

«As decisões vão ser feitas na última semana, até lá nada está ganho ou perdido», salientou, assegurando que não mudaria nada no seu percurso no Giro até agora.

Numa conferência de imprensa em que o abandono de Evenepoel foi tema recorrente, o português assumiu que a corrida italiana fica mais pobre com a ausência do campeão mundial de fundo.

«Vai mudar muito. Obviamente, era um dos principais candidatos à vitória no Giro e a Soudal Quick-Step também tinha uma equipa forte. A partir de agora, penso que a corrida será definitivamente diferente, mas a minha abordagem não vai mudar, com ou sem o Remco», garantiu.

«Sem ele, se calhar vai mudar um pouco em termos de tática. Muitas equipas devem ter uma abordagem diferente. A INEOS vai ter uma camisola para defender e controlar. Uma camisola com dois candidatos à geral, que estão muito bem posicionados. Acho que vai ser diferente. Se calhar, vamos ter uma Jumbo atacante em alguns dias. Infelizmente, não têm a melhor equipa para isso, tiveram bastantes vítimas de queda e covid, mas devem tentar fazer o melhor que conseguirem», perspetiva.

Almeida apontou ainda os seus principais concorrentes na luta pelo pódio, apontando Geraint Thomas, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que é segundo a dois segundos do camisola rosa, o também britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), terceiro a cinco segundos, e ainda o russo Aleksandr Vlasov (BORA-hansgrohe) e o italiano Damiano Caruso (Bahrain Victorious), respetivamente sexto e sétimo da geral, como homens a ter em atenção.

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