Vendas da dona do Pingo Doce disparam 22% para 22,5 mil milhões até setembro

ECO - Parceiro CNN Portugal , Alberto Teixeira
25 out 2023, 18:32
Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins (ECO)

No arranque da temporada de resultados na bolsa, a Jerónimo Martins anunciou lucros de 558 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 2,5% em relação ao mesmo período de 2022

A Jerónimo Martins vai a caminho de um ano recorde. Até setembro, a dona do Pingo Doce faturou 22,5 mil milhões de euros, o que representa um disparo de 22% face ao ano passado. Já os lucros neste período subiram 33,3% para 558 milhões.

A retalhista da família Soares dos Santos fala em “competitividade do preço” como fator que impulsionou as vendas e os resultados para níveis que superaram as estimativas dos analistas.

O CEO Pedro Soares dos Santos antecipou meses de maior pressão para o grupo em resultado “do cruzamento de duas forças contrárias: a queda acentuada da inflação alimentar e a forte inflação dos custos” e do impacto da “guerra sem fim à vista na Ucrânia” e da “escalada de tensão no Médio Oriente” na confiança “já muito frágil” dos consumidores.

Em todo o caso, a Jerónimo Martins reiterou o seu outlook e a intenção de investir cerca de mil milhões de euros em 2023, “com a Polónia a receber cerca de 45%”.

A margem — diferença entre as vendas e os custos das vendas — aumentou 18,3% para 4,6 mil milhões de euros. Subtraindo os custos operacionais, a Jerónimo Martins alcançou um EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — de 1,6 mil milhões de euros, uma subida homóloga de 18%.

O grupo adianta que todas as insígnias tiveram um “forte desempenho das vendas”, o que permitiu mitigar os efeitos da tensão gerada pela “acentuada redução da inflação alimentar e pela elevada inflação nos custos” na margem de EBITDA.

Na Polónia, a Biedronka — a principal marca da Jerónimo Martins — faturou 15,8 mil milhões de euros, mais 24,2% em relação ao mesmo período do ano passado, contrariando a contração do mercado de retalho alimentar.

Já em Portugal, perante um “contexto de consumo que permanece débil”, a cadeia de supermercados Pingo Doce registou um crescimento de 8,8% das vendas para 3,5 mil milhões e o Recheio superou pela primeira vez a marca dos mil milhões faturados em nove meses, registando uma subida de 18,1% face a 2022.

Quanto à Colômbia, que convive com um cenário de hiperinflação alimentar de 17,3% entre janeiro e setembro, as vendas da cadeia Ara avançaram 35,5% para 1,8 mil milhões de euros.

Relacionados

Empresas

Mais Empresas

Patrocinados