Maignan aponta o dedo às autoridades, à Udinese e aos adeptos: «São cúmplices»

21 jan, 15:49
Udinese - Milan (foto: EPA/GABRIELE MENIS)

Guarda-redes do Milan foi alvo de insultos racista no jogo em Udine

Mike Maignan defendeu este domingo que «todo o sistema deve assumir a responsabilidade», depois de ter sido alvo de insultos racistas na vitória do Milan em casa da Udinese.

Nas redes sociais, o guarda-redes dos rossoneri criticou o facto de nada ter mudado na luta contra o racismo e acusou as autoridades de serem cúmplices caso não façam nada.

«Não é a primeira vez que me acontece. E eu não sou a primeira pessoa a quem acontece. Houve comunicados de imprensa, campanhas publicitárias, protocolos e nada mudou. Não é apenas o jogador que é atacado. É o homem, é o pai. Não é a primeira vez que me acontece e não sou a primeira pessoa a quem acontece», escreveu.

«As autoridades e o Ministério Público, com tudo o que está a acontecer, se não agirem, serão também cúmplices», acrescentou.

O internacional francês apontou também o dedo aos adeptos que nada fizeram, assim como à Udinese: «Os adeptos que estavam nas bancadas, que viram tudo, que ouviram tudo, mas que decidiram ficar calados, são cúmplices. O clube Udinese, que apenas falou em interromper o jogo, como se nada tivesse acontecido, é cúmplice.»

«Não sou uma vítima (…). É um combate difícil, que exigirá tempo e coragem. Mas é um combate que vamos ganhar», concluiu.

Refira-se que o jogo do Milan em Udine foi interrompido por causa dos insultos racistas a Maignan, mas depois retomado. A Udinese arrisca uma sanção que pode ir de uma multa à interdição do estádio. O caso foi remetido para a polícia e para os tribunais.

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