Apenas 15% do fundo do oceano foi mapeado em profundidade
A diretora-geral da UNESCO apelou esta quarta-feira para um maior investimento internacional na investigação dos oceanos, para os conhecer e proteger melhor no contexto das alterações climáticas, na abertura da Conferência da Década do Oceano, em Barcelona.
Audrey Azoulay lembrou que apenas 15% do fundo do oceano foi mapeado em profundidade e que as missões ao fundo do oceano são insignificantes em comparação com as missões ao espaço.
“Muito precisa de ser feito e pode ser feito para estudar e proteger os oceanos. E para isso devemos investir na ciência e continuar com a cooperação internacional”, disse, reconhecendo que tal “é difícil” numa altura de “crise e fragmentação da comunidade internacional”.
“Mas se algo nos pode unir são os oceanos”, afirmou Azoulay, alertando que os “mares estão a sufocar” devido ao calor e que todos os anos são atingidas temperaturas recorde.
A partir desta quinta-feira e até sexta-feira mais de 40 oradores internacionais e 100 conferencistas participam na Conferência da Década do Oceano 2024, organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, sob o lema "A ciência de que precisamos para o oceano que queremos".
O encontro faz parte de uma iniciativa coordenada pela UNESCO que estabelece 10 desafios a atingir até 2030 relacionados com a sustentabilidade dos oceanos.