Selecionador do escrete vê riscos numa importância tão grande da «Joia»
Dunga não quer tanta «Neymardependência» no escrete.O sucessor de Scolari no comando da seleção brasileira vê riscos no facto de um jogador com 23 anos ter tanta importância na «canarinha».
Capitão da seleção, «camisa 10» e melhor marcador da equipa (sete dos 14 golos marcados pelo Brasil pós-Mundial 2014, Neymar tem tido uma relevância que, na opinião de Dunga, é excessiva. «Antes tínhamos jogadores que eram referência, e hoje deixamos de ter essas figuras. Tínhamos nomes como Careca, Ronaldo, Rivaldo, mas o futebol se equiparou muito. Isso tem incomodado um pouco. Não tem um que se sobressai muito. Só temos o Neymar», comentou o selecionador brasileiro, em entrevista televisiva ao canal brasileiro «Sportv».
«Temos de respeitar a formação. Hoje em dia, todo mundo está preocupado com o sistema. Na maior parte do tempo, a bola fica com os zagueiros no ataque. Por isso, estamos buscando a parte técnica. Deixamos de fazer o que é a nossa qualidade, que é o drible. Essa é a maior qualidade do jogador brasileiro, e nós precisamos dar essa liberdade», apontou.
«O excesso de aplicação tática na base atrapalha a criatividade. Você tem de dar leitura para o jogador e tem de fazer isso com posicionamento. Esse tipo de leitura é possível trabalhar com o menino, mas tem de deixar ele jogar e errar. Essa paciência de corrigir você tem de ter», concluiu.