IL diz que Marcelo “amarrou avaliação do seu mandato” à governação de Costa

Agência Lusa , JGR
4 mai 2023, 21:03
Rui Rocha, presidente e deputado da Iniciativa Liberal (Lusa/António Pedro Santos)

Rui Rocha acredita que, a partir de agora, “são ambos – Presidente da República e primeiro-ministro - corresponsáveis por tudo o que vier a acontecer nos próximos tempos do ponto de vista da solução governativa"

A Iniciativa Liberal defendeu esta quinta-feira que o Presidente da República “amarrou a avaliação do seu mandato” aos próximos meses de governação do primeiro-ministro, considerando que os dois são agora corresponsáveis pelo que acontecer “nos próximos tempos”.

“O primeiro-ministro amarrou o seu destino político a João Galamba, o Presidente da República amarrou a avaliação deste seu mandato aos próximos tempos de governação de António Costa”, defendeu o presidente da IL, Rui Rocha, no parlamento, em reação à comunicação ao país de Marcelo Rebelo de Sousa.

A partir de agora, continuou, “são ambos – Presidente da República e primeiro-ministro - corresponsáveis por tudo o que vier a acontecer nos próximos tempos do ponto de vista da solução governativa”.

O líder liberal afirmou que o chefe de Estado português fez uma avaliação da governação de Costa “absolutamente arrasadora”, tendo colocado em causa "a credibilidade, a autoridade, a respeitabilidade da solução governativa".

No entanto, sinalizou, “a visão de futuro que o senhor Presidente da República apresenta é completamente contraditória com o diagnóstico e avaliação arrasadora que fez do Governo”, discordando da decisão de Marcelo e considerando que se devia “devolver aos portugueses a possibilidade de decidirem o seu futuro” e que “em democracia há sempre alternativas”.

O Presidente da República prometeu esta quinta-feira que estará "ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia" para prevenir fatores de conflito que deteriorem as instituições e "evitar o recurso a poderes de exercício excecional".

Numa comunicação ao país a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que não deseja usar os poderes que a Constituição lhe confere para interromper a governação, mas frisou que não abdica deles.

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