Inflação em Portugal regista forte abrandamento em outubro para 2,1%, explicado sobretudo pelo efeito de base

ECO - Parceiro CNN Portugal , Mariana Espírito Santo
31 out 2023, 09:39
Preços, dinheiro, euro, inflação, economia. Foto: Marijan Murat/picture alliance via Getty Images

Este recuo deve-se em parte ao efeito de base devido ao facto de se estar a comparar com o mês de outubro de 2022, quando se registaram subidas de preços dos alimentos e energia

A inflação recuou para 2,1% em outubro, já próximo da meta do Banco Central Europeu, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. No entanto, é de salientar que este forte abrandamento se deve em parte ao efeito de base devido ao facto de se estar a comparar com o mês de outubro de 2022, quando se registaram aumentos nos preços dos produtos alimentares e energéticos.

No entanto, é de salientar que este forte abrandamento se deve em parte ao efeito de base devido ao facto de se estar a comparar com o mês de outubro de 2022, quando se registaram aumentos nos preços dos produtos alimentares e energéticos.

Como nota o INE, o “principal contributo para esta desaceleração” está então associado aos “aumentos mensais de preços registados em outubro de 2022 nos produtos alimentares (2,1%) e nos produtos energéticos (6,7%), com destaque para o gás natural (77,4%)”.

Este ano, os preços da energia já estão a recuar, enquanto a subida dos preços alimentares tem vindo a abrandar. Recorde-se, ainda assim, que a medida do IVA Zero, que isenta de IVA um cabaz de mais de 40 bens essenciais, vai chegar ao fim no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2024.

Apesar destes efeitos de base, é de salientar que se compararmos com o mês anterior, “a variação do IPC terá sido -0,2% (1,1% em setembro e 1,2% em outubro de 2022)”, pelo que continuou a registar-se uma redução mensal.

Já no que diz respeito à inflação subjacente, um indicador que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos — por terem preços mais voláteis — terá abrandado para 3,5% (4,1% no mês precedente).

O INE revela ainda o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que é um indicador utilizado para as comparações europeias e inclui também as despesas dos turistas, terá “registado uma variação homóloga de 3,3% (4,8% no mês precedente)”.

Estes dados são ainda uma estimativa rápida do gabinete de estatísticas nacional, sendo que os dados definitivos vão ser publicados a 13 de novembro.

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