Pai atirou filho de dois anos da janela de um prédio em chamas. Um bombeiro apanhou-o

31 mai 2022, 16:02
Foto: Arquivo AP/Andrew Harnik

Em desespero perante as chamas no prédio em que vivia, em Washington DC, um norte-americano lançou o filho do segundo andar para os braços de um bombeiro. A criança saiu ilesa e foi possível salvar o resto da família

Foi um fim de semana agitado para os bombeiros de Washington, a capital norte-americana, que responderam a mais de 300 ocorrências. Mas só uma delas chegou aos jornais: um bombeiro apanhou com os braços uma criança de dois anos que o pai atirou pela janela de um prédio em chamas, revelou o The Washington Post.

Aconteceu no domingo passado: Jared McKinney, o bombeiro, corria em direção à entrada do prédio que ardia quando ouviu alguém gritar-lhe de uma janela no segundo andar: "Pega no meu filho!”.

Sem pensar muito, McKinney posicionou-se e respondeu afirmativamente. Antes de lançar o filho, o homem ainda atirou: "Não o deixes cair!”. 

O bombeiro apanhou a criança com os branços e segurou-a contra o peito. O menino, que estava demasiado atordoado para conseguir falar ou chorar, foi então deixado num local seguro, ileso, e Jared McKinney, que leva 17 anos de experiência a combater incêndios, prosseguiu o seu trabalho: ele e os colegas posicionaram uma escada com cerca de sete metros contra o prédio para salvar, primeiro, o irmão mais velho do bebé, que o pai lançara da janela, e em seguida o pai e a mãe.

A família foi avaliada pelas equipas de emergência chamadas ao local e não precisou de ser hospitalizada.

Apanhar uma criança atirada de uma altura de mais de sete metros não é habitual durante resgates e operações de salvamento. Mas o bombeiro disse ao Washington Post que não ficou inquieto perante o pedido do pai. “Estava tudo a acontecer tão rápido”, recordou, acrescentando que os seus instintos "entraram em ação”.

"Não tive tempo para ficar nervoso", admite.

Depois de extinto o fogo no prédio, Jared McKinney voltou para o quartel, mas não sem antes receber uma palavra de agradecimento do pai das crianças que salvou.

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