Pfizer revela que reforço da vacina nas crianças dá seis vezes mais anticorpos contra a covid "original" e 36 vezes contra a Ómicron

14 abr 2022, 13:26
Pfizer

Organização Mundial da Saúde já avisou que "não é o momento para baixar a guarda" em relação à pandemia da covid-19, uma vez que "a situação está longe de terminar"

A Pfizer e a BioNTech anunciaram esta quinta-feira, em comunicado, que uma dose de reforço da vacina contra a covid aumentou o nível de anticorpos contra a variante original do vírus e também contra a Ómicron num pequeno teste feito com crianças de 5 a 11 anos.

De acordo com o comunicado, o estudo envolveu 140 crianças que receberam uma dose de reforço seis meses depois de terem recebido a segunda dose da vacina. Um mês após o reforço, os testes laboratoriais mostraram que as crianças apresentava seis vezes mais anticorpos contra a versão original do vírus e 36 vezes mais contra a variante Ómicron.

As empresas revelam que já pediram à Food and Drug Administration (equivalente ao Infarmed em Portugal) uma autorização de emergência para que possam ser administradas as doses de reforço nessa faixa etária 

As crianças apresentaram um aumento de seis vezes nos níveis de anticorpos contra a variante original do vírus um mês após receberem a injeção de reforço, em comparação com um mês após receberem uma segunda dose. Testes laboratoriais de 30 amostras de sangue também mostraram 36 vezes o nível de anticorpos neutralizantes contra a variante Ómicron em comparação com os níveis após duas doses, de acordo com um comunicado enviado à imprensa e com um porta-voz da Pfizer.

As empresas disseram que "nos próximos dias" vão pedir à Food and Drug Administration (FDA) uma autorização de emergência para uma dose de reforço para crianças de 5 a 11 anos. Neste tipo de casos, a FDA demora cerca de um mês a responder.

Atualmente, todas as pessoas com 12 ou mais anos podem receber a primeira dose de reforço nos EUA. A segunda dose de reforço só está disponível para pessoas com mais de 50 anos. 

De acordo com o New York Times, investigadores do estado de Nova Iorque concluíram recentemente que embora duas injeções da vacina da Pfizer protegessem crianças (entre os 5 e os 11 anos) de doenças graves, não eram eficazes na proteção contra infecções sintomáticas.

O anúncio acontece quando os Estados Unidos registam um novo aumento de casos de covid-19 depois de dois meses de redução de casos e, na semana passada, registaram o maior número de mortes (3.682). 

Esta quarta-feira, o Comité de Emergência da Organização Mundial da Saúde considerou que "não é o momento para baixar a guarda" em relação à pandemia da covid-19, uma vez que "a situação está longe de terminar".

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