Khan, de 70 anos, liderava uma marcha de protesto em Wazirabad para exigir eleições antecipadas
O antigo primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan foi atingido a tiro, no pé, esta quinta-feira, durante um protesto no leste do país, revelou um assessor à Reuters.
"Um homem abriu fogo com uma arma automática. Várias pessoas estão feridas. Imran Khan também está ferido", explicou Asad Umar, acrescentando ainda que o ex-governante foi levado para o hospital.
Um membro do partido Movimento Paquistanês pela Justiça (Pakistan Tehreek-e-Insaf - PTI) disse que vários colegas ficaram feridos durante o ataque e há relatos de pelo menos um morto.
Imran Khan, de 70 anos, liderava uma marcha de protesto em Wazirabad, na província oriental de Punjab, para exigir eleições antecipadas no país.
O atual primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, eleito em abril deste ano, já condenou veemente o ataque e ordenou ao ministro do Interior à abertura imediata de uma investigação ao caso. "A violência não deve ter lugar na política do nosso país", escreveu.
Federal government will extend all support necessary to Punjab govt for security & investigation. Violence should have no place in our country's politics. 2/2 https://t.co/LWMUW03kQb
— Shehbaz Sharif (@CMShehbaz) November 3, 2022
O aparente autor dos disparos, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP) foi, entretanto, abatido, enquanto uma segunda pessoa, que alegadamente estaria com o atirador, foi detida pela polícia paquistanesa.
Raoof Hassan, conselheiro do líder do PTI, indicou tratar-se de uma "tentativa de homicídio" de Khan, cujo Governo caiu em abril na sequência de uma moção de censura.
Khan foi visto mais tarde com um curativo no pé e foi transferido para outro veículo, abandonando o camião com um contentor a partir do qual um porta-voz do partido dava conta de que o ex-primeiro-ministro está bem e em segurança.
O ataque aconteceu menos de uma semana depois de Khan ter começado uma marcha em Lahore, capital da província de Punjab, que juntou milhares de apoiantes.
O derrube do Governo de Khan, tal como tem defendido desde então, foi uma conspiração arquitetada pelo seu sucessor, Shahbaz Sharif, e pelos Estados Unidos, alegações que tanto o novo primeiro-ministro como Washington negaram.