Falta de recursos humanos nos hospitais leva a maioria dos médicos a esgotar rapidamente o limite legal de 150 horas por ano
Os médicos avisam que arrisca-se a ser curto e rápido o alívio que se espera a partir de janeiro nos hospitais com o fim da recusa de muitos médicos a fazerem mais horas extra.
Com a passagem do ano, a contagem destas horas regressa ao zero e centenas de médicos voltam a ser obrigados a fazer horas extraordinárias nas urgências, mas os representantes dos clínicos avisam que não vai ser por muito tempo.
A razão é simples: a falta de recursos humanos nos hospitais leva a maioria dos médicos a esgotar rapidamente o limite legal de 150 horas por ano, por norma até ao final de março.
A estimativa é avançada à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) pela Ordem dos Médicos e pelo Movimento Médicos em Luta que incentivaram as recusas dos médicos a fazerem mais horas extraordinárias, além do limite de 150 horas .
Além disso, segundo o mesmo Movimento, muitos médicos com mais de 55 anos que até agora faziam horas extraordinárias (apesar de pela idade já não serem obrigados), começaram a recusar fazê-las, descontentes com a falta de resposta do Governo às reivindicações dos médicos, agravando ainda mais o cenário nos hospitais.
Apesar das questões feitas pela TVI, a direção-executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não enviou qualquer resposta sobre o impacto das recusas dos médicos em fazer horas extraordinárias.