Argentina leva a melhor sobre a Holanda nos penáltis, depois de 120 minutos de tédio, e marca encontro com a Alemanha para decidir o campeão do mundo
E no Campeonato do Mundo de todas as emoções, a final mais comum possível. Alemanha-Argentina pela terceira vez, nunca uma final foi tão repetida. Depois da vitória albiceleste em 1986 e da festa alemã em 1990, é uma espécie de desempate particular o que está marcado para domingo, no Maracanã. É também uma final América do Sul-Europa, que pode equilibrar, ou desequilibrar mais um pouco, as contas entre continentes, ao Mundial número 20. Nesta altura está 10-9 para a Europa.A Argentina chega ao Maracanã depois de 120 minutos de bocejo ( leia a crónica
Esta noite no Arena Corinthians, nada. A Holanda, nomeadamente, chegou ao fim dos 90 minutos sem ter conseguido sequer um remate enquadrado com a baliza.
0 - Netherlands failed to have a single shot on target in the opening 90 minutes vs Argentina. Blank. #NED #ARG
— OptaJoe (@OptaJoe) July 9, 2014
O primeiro remate dentro do perímetro dos postes da Holanda aconteceu aos 98 minutos, um chuto de Robben de longe, para defesa fácil de Romero.
Uma estratégia ultra-passiva da Laranja de Van Gaal forçou a Argentina a ter mais alguma iniciativa, não muita. Para se ter uma ideia, o mapa de ação de Messi (ao lado do de Robben), mostra como o 10 da Argentina nem sequer chegou a tocar uma bola na área.
Nas bancadas, os adeptos distraíam-se com provocações, para passar o tempo. Brasileiros e argentinos, é eterno. Mesmo que os primeiros tenham acabado de sofrer a maior humilhação da história do futebol, na outra meia-final, com a Alemanha.
Los brasileños gritan "pentacampeon, pentacampeón". Los argentinos responden "siete se comió, siete se comió". #MundialOle
— Hernán Claus (@hernanclaus) July 9, 2014
Nas redes sociais, os adeptos entediavam-se e faziam piadas
The game so far. #NEDARG #NED #ARG pic.twitter.com/8FjacNdKTE
— Ink (@Ink184) July 9, 2014
Passaram-se nisto 120 minutos, até que chegaram os penáltis. Desta vez Van Gaal não tirou um coelho da cartola. Depois de ter feito entrar Krul frente à Costa Rica, defendendo que era melhor a defender grandes penalidades, desta vez deixou Cillessen em campo, expondo-o ao que aconteceu. Não se livrou de críticas, que começaram nas redes sociais. O treinador explicou no fim que o plano era mesmo que jogasse Krul, mas não aconteceu porque teve de tirar Van Persie, cansado.
#NEDARG maybe the general demotivated #Cillessen with his tactical genius #WM2014 #WorldCup2014
— Winfried Schaefer (@WinniSchaefer) July 9, 2014
O herói da baliza vestiu azul celeste e branco. Sérgio Romero defendeu os remates de Vlaar, primeiro, depois o de Sneijder. Na Argentina ninguém falhou. 4-2. É a Argentina quem estará no Maracanã, a última humilhação por que o Brasil terá de passar no segundo Mundial que organiza.