Incêndios no Havai: Governo garante que 30 cidadãos portugueses "estão em segurança". Mas há cerca de 170 que não consegue localizar

CNN Portugal , BCE
13 ago 2023, 19:14

O secretário de Estado das Comunidades salienta que os 30 cidadãos portugueses que estão inscritos no Consulado de São Francisco estão a ser acompanhados pelo Governo. Mas há dezenas de portugueses que não consegue acompanhar por não estarem referenciados

O Governo português garante que os 30 cidadãos portugueses que estão inscritos no Consulado Geral de São Francisco estão "em segurança", mas admite "alguma dificuldade" na localização de dezenas de outros cidadãos nacionais que não estão inscritos no consulado.

"Não há nenhum cidadão nacional que tenha perdido a vida ou esteja ferido em consequência desta enorme catástrofe", garante à CNN Portugal o secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, referindo-se aos incêndios que lavram o Havai e que já provocaram, pelo menos, 96 mortos.

Paulo Cafôfo ressalva, contudo, que a informação que chega do Consulado Geral de São Francisco diz apenas respeito aos 30 cidadãos nacionais que estão inscritos naquele consulado e que residem no Havai. "Podemos estimar que, além desses 30 possamos chegar até 200 cidadãos que se encontram ali", indica.

E, sobre esses, o Governo não consegue obter qualquer informação. "Há cidadãos que não se inscrevem no consulado, portanto temos alguma dificuldade em localizá-los e saber o seu paradeiro. (...) Sobre esses não podemos obviamente ter informação", observa.

Entretanto, alguns dos lusodescentes que este sábado foram dados como desaparecidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros já foram encontrados, adianta o responsável, sem apontar um número exato. Ainda assim, Paulo Cafôfo admite que possa haver lusodescendentes entre os números de desaparecidos e de vítimas mortais.

"Quanto aos lusodescentes, estamos a falar de várias gerações, são cerca de 100 mil, e é natural que haja vítimas entre esses lusodescendentes, que são cidadãos americanos", salienta.

Dois dos três incêndios de Maui ainda estão ativos, segundo o último balanço do condado, que até agora apenas conseguiu verificar a identidade de duas das 93 vítimas confirmadas.

O governador do Havai, Josh Green, referiu que estes incêndios são já a "maior catástrofe natural que o Havai alguma vez viveu", ultrapassando as 61 mortes confirmadas na sequência de um ‘tsunami’ em 1960.

Antes de o Havai se tornar um estado, em 1959, um ‘tsunami’ em 1946 matou 158 pessoas.

O governador também estimou as perdas materiais em cerca de 6 mil milhões de dólares (cerca de 5,5 mil milhões de euros).

Estes incêndios são os mais mortíferos nos EUA em mais de 100 anos, superando o de Camp Fire, no estado da Califórnia, que causou 85 mortos e reduziu a cinzas a cidade de Paradise.

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