Paulo Portas analisou os mais recentes desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, que este domingo viu os russos aproximarem-se da fronteira da NATO
As tropas russas atacaram este domingo o Centro para a Manutenção da Paz e Segurança internacional em Yavoriv, a cerca de 20 quilómetros da Polónia e, portanto, a essa distância da fronteira da NATO.
Na rubrica Global, do Jornal das 8 da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), Paulo Portas lembra que na sexta-feira a distância era de 83 quilómetros: “Estivémos a uma distância mínima”.
O comentador entende este ataque com uma “interpretação dupla”. Por um lado, grande parte da ofensiva russa no oeste da Ucrânia tem sido em instalações militares e aeroportos. De resto, parte da intenção será interromper a chegada de material militar, nomeadamente de material de guerra defensivo, à Ucrânia.
“É cada vez mais difícil fazer chegar essas armas [à Ucrânia]”, refere, lembrando que isso se faz “essencialmente através da Polónia.
Por outro lado, Paulo Portas vê neste ataque um “aviso” de Vladimir Putin, que tinha dito que as armas fornecidas seriam vistas como um alvo.
“Vladimir Putin está a tentar cortar o abastecimento em equipamentos relevantes aos ucranianos”, acrescenta.
Em Global, Paulo Portas olhou ainda para a forma como a Rússia está a lidar internamente com a guerra, numa altura em que já foram detidos quase 15 mil russos por protestos contra a ofensiva militar.
Também as consequências da guerra e as atuações das diferentes partes internacionais foram abordadas.
