Parlamento Europeu lança campanha para recolher na UE geradores para Kiev

Agência Lusa , WL
23 nov 2022, 14:47
Roberta Metsola (EPA/Oliver Hoslet)

O anúncio surge no dia em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, apresentada pelo grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (centro-direita)

O Parlamento Europeu lançou esta quarta-feira uma campanha para recolher, nas cidades da União Europeia (UE), geradores e transformadores de energia para ajudar os ucranianos a passar este inverno, dada a destruição das infraestruturas pela invasão russa da Ucrânia.

Intitulada “Geradores de Esperança”, a campanha lançada pela assembleia europeia em conjunto com a rede das mais de 200 maiores cidades da Europa, a Eurocities, visa “angariar geradores e transformadores de energia para a Ucrânia”, explicou em conferência de imprensa a líder do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Lançada à margem da sessão plenária da instituição, na cidade francesa de Estrasburgo, a campanha é dirigida às cidades da UE para, “de forma muito prática e concreta, levar energia e água limpa aos hospitais e às pessoas e para garantir serviços diários”, elencou Roberta Metsola.

“Apelo a todas as cidades, vilas e regiões de toda a Europa para que se juntem à campanha”, exortou a responsável, pedindo também que os 705 eurodeputados se juntem à iniciativa.

Estes geradores ajudarão a manter em funcionamento instalações essenciais no país, fornecendo energia a hospitais, escolas, instalações de abastecimento de água, centros de assistência, abrigos, postes telefónicos, entre outros.

A iniciativa surge numa altura em que se estima que 10 milhões de ucranianos estejam sem luz, em resultado dos ataques da Rússia a infraestruturas civis críticas, tais como redes de transmissão de eletricidade.

“Este Parlamento [Europeu] e a União Europeia têm demonstrado uma solidariedade notável com a Ucrânia no plano humanitário, militar e financeiro. Agora precisam de apoio prático para os ucranianos poderem passar o inverno”, adiantou Roberta Metsola.

O anúncio surge no dia em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, apresentada pelo grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (centro-direita).

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