O secretário-geral da NATO foi a Kiev dizer a Zelensky que o lugar da Ucrânia é na Aliança Atlântica. Zelensky pediu ao secretário-geral que faça o convite

20 abr 2023, 12:56
Jens Stoltenberg e Volodymyr Zelensky (Efrem Lukatsky/AP)

Uma visita simbólica, inesperada: Stoltenberg foi à capital ucraniana dizer que a NATO mantém-se absolutamente firme no que fez até agora - estar com Kiev até ao fim

O secretário-geral da NATO afirmou esta quinta-feira que “o lugar certo” da Ucrânia é na Aliança Atlântica. Na sequência de uma visita-surpresa a Kiev, esta quinta-feira, Jens Stoltenberg reafirmou o apoio do Ocidente a à Ucrânia, garantindo que vai continuar “hoje, amanhã e enquanto for preciso”.

De resto, e numa conferência de imprensa em que o presidente da Ucrânia reafirmou a intenção de que o país faça parte da NATO, Jens Stoltenberg disse que esse será um tema central na próxima reunião dos 31 Estados-membros, que se vão encontrar em julho, na Lituânia - uma cimeira para a qual Volodymyr Zelensky foi convidado, na esperança de poder assistir a um encontro “histórico”.

“Estou grato pelo convite para a cimeira, mas também é importante que a Ucrânia receba o convite correspondente”, reiterou Zelensky, dizendo por mais do que uma vez que o lugar da Ucrânia é na NATO. “Não existe nenhuma barreira para a decisão política de convidar a Ucrânia a entrar na Aliança e agora, quando a maioria dos povos dos países da NATO e a maioria dos ucranianos apoiam a adesão à NATO, é o tempo de fazer corresponder as decisões”, acrescentou, explicando que vê a visita do secretário-geral da NATO como um “novo capítulo ambicioso”.

“O lugar certo para a Ucrânia é na NATO. E, ao longo do tempo, vamos apoiar-vos para tornar isso possível”, respondeu Jens Stoltenberg, que elencou os vários apoios já dados pelos países, incluindo o treino de dezenas de milhares de soldados ucranianos, bem como a transferência de um total de 65 mil milhões de euros em ajuda militar.

Admitindo que não é possível saber quando a guerra termina, o secretário-geral da NATO falou da agressão russa como um “padrão tóxico que tem de ser parado”. Para isso, sublinhou, é necessário “continuar a fortalecer as Forças Armadas da Ucrânia”.

Ainda assim, refira-se que a NATO é bem explícita num dos critérios de adesão de Estados-membros: não podem estar em guerra na altura do convite.

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