Dois britânicos e um marroquino que combateram pela Ucrânia condenados à morte pela região separatista de Donetsk

9 jun 2022, 15:36
Tropas russas (GettyImages)

De acordo com a imprensa russa, os combatentes terão admitido que receberam "treino para realizar atividades terroristas"

Três homens, dois de nacionalidade britânica e um de nacionalidade marroquina, que estavam a combater pela Ucrânia foram capturados pelas forças russas e condenados à morte pelo Supremo Tribunal da região separatista de Donetsk, avança a agência de notícias estatal russa RIA.

Os britânicos Aiden Aslin, de 28 anos, e Shaun Pinner, de 48, foram detidos em abril antes de comparecerem ao Supremo Tribunal na República Popular de Donetsk. De acordo com a imprensa internacional, os dois homens são membros das forças armadas ucranianas, e as autoridades britânicas já vieram a público defender que ambos são prisioneiros de guerra com direito a imunidade e que não devem ser condenados por participar nos conflitos.

A agência RIA indica que os combatentes terão admitido que receberam "treino para realizar atividades terroristas".

O terceiro homem, Saaudun Brahim, de nacionalidade marroquina, também foi capturado e condenado à morte, mas as informações sobre este terceiro elemento ainda são escassas.

Aiden Aslin, Shaun Pinner e Saaudun Brahim (D.R.) 

O primeiro-ministro do Reino Unido já manifestou preocupação com esta sentença, de acordo com o porta-voz do seu gabinete, e garantiu que o Reino Unido vai trabalhar com as autoridades ucranianas para tentar libertar os dois britânicos, que combatiam pela Ucrânia.

"Estamos profundamente preocupados com isto. Já dissemos por várias vezes que prisioneiros de guerra não devem ser explorados com propósitos políticos", disse o porta-voz, lembrando que, "sob as convenções de Genebra, os prisioneiros têm direito à imunidade de combate".

Também a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, condenou esta quinta-feira a sentença dos dois britânicos condenados à pena de morte pelo Supremo Tribunal da região separatista de Donetsk.

"Condeno por completo a sentença de Aiden Aslin e Shaun Pinner por pró-russos no leste da Ucrânia. Eles são prisioneiros da guerra. Este é um julgamento falso, sem qualquer legitimidade", disse a governante numa publicação no Twitter.

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