O alerta surge por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano
A situação na cidade ucraniana de Kherson está cada vez mais complicada. Esta terça-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia fez um publicação no Twitter onde revela que cerca de 300 mil pessoas arriscam ficar sem comida e sem medicamentos.
Kherson’s 300k citizens face a humanitarian catastrophe owing to the Russian army’s blockade. Food and medical supplies have almost run out, yet Russia refuses to open humanitarian corridors to evacuate civilians. Russia’s barbaric tactics must be stopped before it is too late!
— Oleg Nikolenko (@OlegNikolenko_) March 22, 2022
Oleg Nikolenko fala em "catástrofe humanitária", tudo porque as tropas russas se têm "recusado a abrir os corredores humanitários" para que estes civis possam fugir.
"A estratégia bárbara da Rússia deve ser interrompida antes que seja tarde demais", acrescentou.
O Kremlin ainda não reagiu a estas acusações mas tem constantemente negado os ataques contra civis.
A cidade portuária de Kherson, no sul da Ucrânia, foi tomada pelas tropas russas há cerca de duas semanas. É uma conquista importante estrategicamente, uma vez que se trata de uma região que tem acesso direto ao Mar Negro.
Os habitantes desta cidade saem constantemente às ruas para se manifestarem contra a invasão russa.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.