Há mutilação de crianças ucranianas: o alerta da UNICEF

Agência Lusa , BC
15 jun 2022, 10:34
Crianças com a bandeira da Ucrânia. (AP Photo/Hannibal Hanschke)

Mais de 200 crianças já morreram na guerra que opõe a Ucrânia à Rùssia

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) denunciou que os bombardeamentos na Ucrânia estão a matar e mutilar crianças e a impedi-las de regressar a "qualquer tipo de vida normal"

Segundo os últimos números do Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, um total de 277 crianças morreram e 456 ficaram feridas desde o início da guerra, principalmente devido à utilização de explosivos em áreas urbanas.

Em resposta, a UNICEF apelou na terça-feira para o fim dos ataques a infraestruturas civis e do uso de armas explosivas em áreas povoadas.

“[O seu uso] está a matar e mutilar crianças e a impedi-las de regressar a qualquer tipo de vida normal nas cidades e vilas que são as suas casas”, disse a organização em comunicado.

“Passei a última semana na Ucrânia, encontrando-me com crianças e famílias afetadas pela guerra, vendo a resposta humanitária crítica da UNICEF. Pude visitar Kiev, Irpin, Bucha, Yitomir e Lviv, e o meu tempo no país deu-me uma imagem clara do enorme impacto que a guerra na Ucrânia continua a ter nas crianças”, disse o diretor regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central, Afshan Khan.

“Estamos cada vez mais preocupados com a situação de acesso a água potável, com pelo menos 1,4 milhões de pessoas no leste do país sem acesso a água corrente”, acrescentou Khan, observando que pelo menos 256 instalações da UNICEF na Ucrânia foram atacadas e uma em cada seis “escolas seguras” apoiadas pela UNICEF no leste do país foram danificadas ou destruídas.

Khan disse que a guerra na Ucrânia “é uma crise de direitos da criança” e que a UNICEF está a trabalhar para apoiar as crianças e as suas famílias “onde quer que se encontrem no país".

“Este papel crítico da UNICEF na Ucrânia reflete-se no recente acordo alcançado com o Governo para prolongar o programa nacional da UNICEF até ao final de 2023, como parte do quadro de transição das Nações Unidas”, acrescentou.

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