Portugal anuncia mais dinheiro para a UNRWA depois de vários países suspenderem financiamento

2 fev, 18:00

Ministro dos Negócios Estrangeiros diz que lhe foi garantido que os problemas na agência da ONU não são estruturais

Ao contrário do que fizeram Estados Unidos, Reino Unido ou Alemanha, Portugal anunciou um contributo especial para a Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), alinhando-se com países como Espanha ou Noruega, que também optaram por não cortar o financiamento àquele organismo, depois de 12 funcionários terem sido despedidos por suspeitas de envolvimento no ataque realizado pelo Hamas contra Israel a 7 de outubro.

A confirmação do apoio foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que referiu uma contribuição extraordinária depois de uma reunião com Philippe Lazzarini, responsável pela agência das Nações Unidas que apoia os refugiados palestinianos.

"Houve alegações contra a UNRWA por alguns funcionários aparentemente terem estado envolvidos nas atrocidades do Hamas. Philippe Lazzarini explicou-me o que estão a fazer", referiu, em Bruxelas, falando numa organização "insubstituível" no apoio humanitário dado à Faixa de Gaza.

Esta é uma doação especial que vai ser transferida no imediato, juntando-se aos quatro milhões de euros que Portugal tinha doado à organização.

"Este milhão suplementar vem em circunstâncias diferentes, em circunstâncias novas", reiterou, lembrando a suspensão de financiamento decretada por vários países.

"Pode ter acontecido, como pode acontecer em qualquer organização, haver pessoas que cometem crimes e têm atividades que não são corretas e isso não significa que a instituição como um todo deva ser condenada", defendeu João Gomes Cravinho em relação às suspeitas sobre os funcionários da UNRWA.

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