Netanyahu diz que não há hipótese para um cessar-fogo e cita a Bíblia para dizer que "este é o tempo para a guerra"

30 out 2023, 19:18
Benjamin Netanyahu (AP)

Questionado pelos jornalistas sobre as mortes na Faixa de Gaza, Netanyahu afirmou que "até nas guerras mais justas há perdas civis involuntárias"

O primeiro-ministro de Israel afirmou esta segunda-feira que o país vai recusar qualquer proposta de cessar-fogo e que, tal como diz a Bíblia, "este é o tempo para a guerra".

"Tal como os Estados Unidos não concordaram com um cessar-fogo após o bombardeamento de Pearl Harbour ou após o ataque terrorista de 11 de setembro, Israel não concordará com uma cessação das hostilidades com o Hamas após os horríveis ataques de 7 de outubro. Os apelos a um cessar-fogo são um apelo a que Israel se renda ao Hamas, se renda ao terrorismo, se renda à barbárie. Isso não vai acontecer", disse Benjamin Netanyahu, citado pela Sky News.

"Este é um ponto de viragem. Um ponto de viragem para os líderes e para as nações. É altura de todos nós decidirmos se estamos dispostos a lutar por um futuro de esperança e promessa ou a rendermo-nos à tirania e ao terror. Podem ter a certeza de que Israel vai lutar", prosseguiu.

"A Bíblia diz que há um tempo para a paz e um tempo para a guerra. Este é o tempo para a guerra. Uma guerra pelo nosso futuro comum. Hoje, traçamos uma linha entre as forças da civilização e as forças da barbárie", disse o líder israelita.

Questionado pelos jornalistas sobre as mortes na Faixa de Gaza, Netanyahu afirmou que "até nas guerras mais justas há perdas civis involuntárias" e reiterou que a culpa da morte de palestinianos inocentes é do Hamas.

"Não tem de morrer um único civil. O Hamas só tem de os deixar ir para a zona segura que criámos no sudeste da Faixa de Gaza", disse, citado pela Reuters.

O líder israelita disse também que o país está comprometido em resgatar as centenas de reféns do Hamas, e afirmou que uma incursão terrestre "cria essa possibilidade".

"Estamos empenhados em trazer todos os reféns de volta para casa. Achamos que este método tem hipóteses. É um objetivo com o qual estamos comprometidos", afirmou Netanyahu.

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