Tanto Pedro Mendes Pedro Mendes encheu o campo, com fintas, passes, desarmes e tudo o mais que dá gosto ver num jogador de futebol.
Tanto Pedro Mendes
Excelente trabalho do internacional B português no meio-campo vimaranense, tanto a atacar como a defender. Muito inteligente a lançar o contra-ataque da sua equipa, tendo sempre atenção à fraqueza leiriense, que quando se adiantava no terreno acabava por deixar normalmente sem vigilância Rafael ou Paulo César. Destaque ainda para as combinações com Hugo Cunha (uma, aos 29 minutos, deixava-o isolado, não fora um fora-de-jogo mal assinalado), para o acompanhamento do ataque (sofreu falta na área de Paulo Duarte, aos 26 minutos, que o árbitro não viu), para o toque de bola precioso e as fintas de corpo tanta vez a darem-lhe espaço para correr, para a assistência para Bessa no segundo golo vimaranense e para a eficácia a anular João Manuel e Leão (e depois ainda Fernando Aguiar, Maciel e quem mais lhe aparecesse pela frente). Uff! A prometida renovação da selecção nacional portuguesa pode passar pelo número 8 do Guimarães. António Violante, adjunto de Agostinho Caçador, presente na Marinha Grande, deve ter ficado impressionado.
Rui Ferreira
Grande início de jogo, presente em todo o lado, roubando bolas, fazendo compensações, deixando o Leiria sem respirar. Com especial atenção a Silas, teve uma tarde cheia de trabalho, mas terminou com distinção. O número 10 leiriense apenas por volta da meia hora conseguiu libertar-se de Rui Ferreira para desequilibrar no passe em dois lances.
Cléber
Papel fundamental no esquema de três centrais que Inácio quer implementar em Guimarães. Ao capitão de equipa toca a missão de jogar a líbero, mas com a presença de três atacantes na equipa contrária acabou por estar muito em jogo, tendo frequentemente de subir para fazer a marcação, normalmente a Márcio Santos. Cumpriu todas as tarefas exemplarmente, transbordando serenidade. Na segunda parte, finalmente, foi um verdadeiro líbero, depois da entrada de Kibuey para a frente de ataque adversária.
Os três centrais
Augusto Inácio quer fazer o V.Guimarães jogar em 3x5x2, mas a tarefa promete ser difícil. Perante um adversário com dois extremos e apenas um pontas-de-lança, o esquema é arriscado - a defesa vimaranense viu-se várias vezes apenas em igualdade numérica perante o ataque adversário. O lucro desse risco foi hoje obtido no domínio do meio-campo, mas ao intervalo, em vantagem, o treinador achou que seria melhor não arriscar e fez recuar Bessa para lateral-direito, derivando Rogério Matias do centro para a esquerda. Depois, com a entrada de Kibuey, a equipa voltou aos três centrais, mas aí sim de forma natural, porque o Leiria colocava dois pontas-de-lança na área. E curiosamente foi aí que a equipa mais abanou, embora as razões possam ser encontradas mais no meio-campo e no ataque que na defesa.
Edson
Estreia promissora deste lateral-esquerdo brasileiro, contratado pelo Leiria ao Corinthians. Foi obrigado a ajudar muito os centrais, dada a presença de dois atacantes na equipa contrária, mas nem essa amarra o impediu de ajudar a equipa no ataque. Tem um toque de bola muito bom e assinou a melhor jogada do desafio, quando arrancou do seu meio-campo, passou meio mundo e tabelou com Maciel, recebendo mais à frente e deixando para trás o outro meio mundo do Guimarães. Faltou serenidade na hora de chutar à baliza. Quase fazia o empate da sua equipa em cima do final, em três remates. Num deles, na cobrança de um livre, atirou à trave.
Maciel
O mais inconformado dos leirienses. Subiu de produção quando passou para a direita - Bessa esteve bem melhor a defender que Djurdjevic. O que de melhor se viu no futebol da equipa da casa passou invariavelmente pelos seus pés, os mesmos pés que não ajudaram na finalização.
