Imprensa estrangeira atenta ao Boavista

19 mai 2001, 18:55

Todos reconhecem o feito axadrezado O título do Boavista não deixou ninguém indiferente. Várias publicações estrangeiras relatam a partida de ontem com o Aves e falam do primeiro campeonato da pantera. Na Bolívia, como não podia deixar de ser, é Sanchez que merece o maior destaque.

Numa viagem rápida pela imprensa estrangeira percebe-se que o feito histórico protagonizado pelo Boavista não passou despercebido por esse mundo fora. A América do Sul e a Europa estão à cabeça no que ao destaque dado aos axadrezados diz respeito.   
 
Na Europa, o maior destaque é dado pelo «Daily Soccer», de Inglaterra, que tem uma chamada à primeira página sob o título «Boavista vence a I Liga portuguesa». No interior, o jornal inglês mostra um bom conhecimento do futebol nacional, referindo que «foi o primeiro campeonato em 97 anos de história do clube e a primeira vez em mais de metade de século que outro clube ganhou o campeonato que não os três grandes: Benfica, Sporting e Porto». Os ingleses traduzem ainda citações de Jaime Pacheco e da D. Fernanda, a popular adepta dos axadrezados, quando esta refere que, «aos 65 anos», já pode «morrer porque o Boavista é campeão».  
 
Em Itália, apenas o site «calciomercato.com» se refere ao título do Boavista, dizendo que esta foi uma «histórica afirmação do Boavista, que venceu a 67ª edição da I Liga portuguesa». Mais à frente, os italianos revelam que os boavisteiros são «a segunda equipa, depois do Belenenses, a interromper a hegemonia do Porto, Sporting e Benfica».  
 
Entre os espanhóis, o jornal a «Marca» foi quem melhor cobriu o título boavisteiro. Na sua edição on-line, publicam um artigo no qual destacam o trajecto dos campeões nacionais ao longo da época, além de uma breve referência histórica ao clube do Bessa. Na análise à equipa axadrezada, os espanhóis revelam que «este triunfo histórico do clube é resultado do excelente trabalho do treinador Jaime Pacheco, que dirige a equipa desde 1998», fazendo elogiosas referências, igualmente, a Sanchez e aos avançados Duda e Silva.  
 
Os bolivianos foram os que mais vibraram com a conquista dos pupilos de Jaime Pacheco, mas principalmente com Sanchez. Na edição na internet do «La Razón», por exemplo, a manchete é constituída por uma foto do médio com o título «Erwin Sánchez és campeão do futebol lusitano». No interior do longo artigo, os elogios ao jogador sucedem-se, com uma exactidão impressionante, se bem que com alguns erros, como no facto, repetido, de clamar que o «Boavista é a primeira equipa pequena a ser campeã de Portugal», mas ninguém leva a mal.   
 
Afirmando que «o boliviano iluminou o caminho ao Boavista quando, aos 22 minutos, com o seu habitual remate, venceu a resistência do guardião rival», o jornal de La Paz refere depois que «Erwin cerrou os dentes desde o início». E prossegue: «O grande objectivo estava ali, ao seu alcance. Não o desaproveitou. Hoje é campeão e para ele também é histórico, é o primeiro jogador boliviano que ganha um torneio na Europa».  
 
Continuando na América do Sul, também os brasileiros não quiseram deixar passar em claro o feito dos compatriotas, neste caso oito. No site «Pelé.net» pode ler-se: «Os brasileiros foram importantes para o resultado do Boavista. Silva, que jogou no Corinthians de Alagoas, marcou o segundo, aos 48 minutos, após toque de mão. Aos 64 m, Whelliton, que substituiu Silva, marcou de cabeça, definindo o placar. O principal artilheiro do Boavista na temporada foi o brasileiro Duda, que infernizou a defesa do Aves, mas não conseguiu marcar».

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