Braga-Santa Clara, 6-0 (destaques)

21 set 2001, 23:03

Zé Roberto no pelotão de primeiros atiradores Tudo brasileiro, tudo perfeito. Nunca o Braga terá tido tanta pontaria num jogo só. Zé Roberto abriu e obrigou o adversário a render-se, Miran riu e finalizou o massacre.

Zé Roberto

A sua classe, que começa a espalhar-se mal o árbitro autoriza que se jogue, já não é novidade, mas não pára de surpreender. Zé Roberto é cada vez mais a estrela do Braga e assume um estatuto preponderante agora que Edmilson, Luís Filipe e Feher já não estão no plantel. Pode considerar-se negativa a dependência que a equipa começa a revelar nos seus pontapés, mas é inegável que são os jogadores como Zé Roberto que tornam o futebol num espectáculo agradável. O golo que marcou na primeira parte, de livre, como mais gosta, foi o ponto alto de um desempenho interessante e recheado de pequenas delícias, como passes impossíveis e desmarcações perfeitas. Logo após o intervalo, de pé esquerdo, repetiu a maldade. Mais um grande golo. 

Miran

Estreou-se a marcar e, pela primeira vez em muitas semanas, fez com que ninguém presente nas bancadas do Estádio 1º de Maio falasse em Feher. Miran tem sido aposta prioritária de Cajuda para a frente de ataque e conseguiu finalmente provar que o treinador está correcto quando lhe dá a titularidade. Correu muito, procurou fixar a defesa do Santa Clara, mas atingiu o maior momento de visibilidade quando conduziu ele próprio o ataque e estourou de fora da área para um grande golo. 

Figueiredo

Carlos Manuel pede-lhe que organize todo o jogo ofensivo do Santa Clara, mas não avisa os trincos para colocarem rapidamente a bola no seu capitão. Resultado: Figueiredo tem de recuperar as bolas que depois deve endereçar aos mais avançados. O que não é justo, pois não é para isso que deve estar em campo. A sua exibição, contudo, registou alguns pormenores engraçados, especialmente quando a bola partia dos seus pés com uma precisão quase perfeita. 

Rui Gregório

Dois cartões amarelos em 13 minutos justificam um destaque francamente negativo. Na primeira parte, até se tinha entendido bem com a marcação a Miran, mas após o descanso mostrou-se estranhamente enervado, cometendo a traição suprema que deixou a sua equipa com um único central, uma vez que Carlos Manuel já tinha abdicado de Cláudio Abreu para reforçar a frente de ataque.

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