Apuramento visto como mera formalidade
O jogo com a Estónia foi apenas uma formalidade, que Portugal cumpriu. É esse o tom geral dos comentários da imprensa internacional sobre a qualificação portuguesa para o Mundial-2002.
A imprensa britânica é quem faz referência mais sentida à qualificação da selecção portuguesa, porque ela condicionou a Irlanda ao segundo lugar. O Guardian conta, na crónica do jogo Irlanda-Chipre: «Quando chegaram as notícias de Portugal ter aberto o marcador em Lisboa, todo o exercício ganhou um ar inevitável de treino.»
«Apesar da sua vitória enfática em Landsdowne Road, o esperado massacre de Portugal à Estónia acabou com as remotas esperanças irlandesas de qualificação automática», resume o jornal, enquanto a BBC nota que «Portugal esmagou a Estónia e a Irlanda tem agora de jogar o «play-off».»
Fora das ilhas britânicas, o tom é de missão cumprida. «Passeio de Portugal frente à Estónia», escreve o L¿Equipe. «Portugal não teve quaisquer problemas para derrotar a Estónia e qualificar-se como primeiro do grupo», acrescenta o jornal francês.
«Nenhuma surpresa no Grupo 2, onde Portugal e a Irlanda ganharam de goleada», nota a Gazzetta dello Sport, destacando ainda os dois golos de Nuno Gomes, jogador da Fiorentina., respectivamente à Estónia (dupla de Nuno Gomes), Gazzetta
Na «Marca», as maiores referências são, claro, ao madridista Figo. Mas o jornal espanhol nota a concretização do sonho de uma geração: «A geração de ouro do futebol português, vencedora de dois títulos mundiais sub-20, logrou no estádio lisboeta da Luz, a abarrotar de adeptos, a terceira presença de Portugal numa fase final do Mundial, depois da Inglaterra¿66 e México¿86.»
Depois, a Marca faz referência à agressividade dos jogadores da Estónia - «Muitas acções violentas, sobretudo para travar Figo» - e ao tento que lançou Portugal para a goleada - «Primeiro golo do «baixinho» João Vieira Pinto, numa falta executada por Figo.»
