População portuguesa com imunidade de 95,8% contra a covid-19

15 set 2022, 12:14
Covid-19 em Portugal

Maior parte dos casos positivos têm sido verificados no grupo etário entre os 20 e os 29 anos

Quase toda a população residente em Portugal já tem anticorpos contra a covid-19: 95,8%. O número foi avançado, esta quinta-feira, num relatório realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). 

"Este valor representa um aumento de cerca de 10% em relação à 3.ª fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (86,4%, setembro a novembro de 2021)", explicam em comunicado. Estes dados mais recentes foram recolhidos entre 27 de abril e 8 de junho.

A faixa etária dos 50-59 anos foi aquela que registou o nível mais elevado de anticorpos. No sentido oposto estão os grupos abaixo dos 10 anos de idade. "O que indica que os indivíduos, simultaneamente, vacinados e que tiveram uma infeção por SARS-CoV-2 se mantêm como aqueles com níveis mais elevados de anticorpos."

Taxa de positividade

Os resultados do estudo mostram ainda que a maior parte dos casos positivos têm sido verificados no grupo etário entre os 20 e os 29 anos (98,6%) e na região Norte (96,8%). Contudo, foram observados aumentos semelhantes em todas as faixas etárias acima dos 20 anos, "inclusive no grupo etário acima dos 70 anos, no qual a seroprevalência estimada foi de 97,2%". 

As faixas etárias abaixo dos 10 anos foram as que registaram a taxa de positividade mais baixas: 76,2% entre os 0-4 anos e 78,7% entre os 5-9 anos.

O Algarve mantém-se a região com menor seroprevalência (91,7%), provavelmente relacionada com menor cobertura vacinal na região, enquanto o Norte é onde este valor é mais elevado.

"Os resultados obtidos na 4.ª fase do ISN COVID-19 corroboram as atuais recomendações de vacinação em Portugal, isto é, a necessidade de cumprir os esquemas vacinais em todas as idades e independentemente de ocorrência de infeção anterior e a realização de segunda dose de reforço nos grupos mais velhos e vulneráveis", refere o INSA.

Coordenado e desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infecciosas do INSA, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 36 Unidades do Serviço Nacional de Saúde, a 4.ª fase do inquérito analisou uma amostra de 3.825 remanescentes de soros de indivíduos de todas as idades, que realizaram colheitas de sangue, numa rede de laboratórios clínicos e hospitais, previamente selecionados e distribuídos por todo o país.

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